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terça-feira, 30 de agosto de 2005

Um sonho invisível que rodopia no ar


Era um fio tênue que prendia o menino ao seu sonho, que flutuava no ar.
Ele o manobrava habilmente, fazendo-o dançar para a direita, para a esquerda e dar voltas no vazio, formando círculos imaginários sobre o fundo azul do céu. Às vezes o sonho vinha em um mergulho profundo em sua direção, parecendo até que queria lhe dar um beijo e subir, rumo aos céus, novamente.

Dançava no ar o sonho do menino. Ele corria de um lado para o outro da rua fervilhante de gente e de carros velozes. Alheio a tudo, tudo o que o menino via era o seu sonho bailando no nada de cor azul.

A noite veio, o sol sumiu, o chão começou a esfriar, e uma lua pela metade começou a aparecer, tímida no céu, anunciando poucas, mas brilhantes estrelas. O menino, no entanto, insistia em ver o seu sonho voar.

Mas a noite não parava de cair e, por isso, ele apertava os olhos para ver pelo menos uma sombra mínima do seu sonho, um rodopio qualquer, mas o que antes estava tão perto de si, agora tinha se perdido na escuridão do céu. “Se for pra sumir, que vá de uma vez, e bem para o alto”, pensou o menino, num repente de libertação.

E o menino soltou as mãos do carretel, deixando que a linha crescesse, dando longas asas ao seu sonho, que agora era livre, em um lugar tão longe, mas tão longe, que nem o menino conseguia imaginar.

O sonho subia, subia, e chegou uma hora que o menino nem mais o sonho via. Só via agora uma estrela, uma única estrela no céu que, contente, lhe sorria.

E nas mãos do menino restava uma linha presa a um sonho que se perdera no alto da noite que caía.

Olhando para o alto, o menino via uma estrela, única no céu, que, agora, por ser a única coisa que ele via, era também o único sonho que possuía.

(dedico este pequeno desvario a todos aqueles que tiveram um dia a coragem de libertar um velho sonho, substituindo-o por uma estrela que, apesar de distante, tem o poder de iluminar uma noite)