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quarta-feira, 17 de agosto de 2005

Esculpir


(para minha mãe, incansável na sua descoberta dos prazeres da vida)

Veio ao mundo para, de tempos em tempos, testar novas profissões. Agora sente como é esculpir madeiras pesadas e entregá-las aos homens, mais leves, mais brilhantes e repletas de desenhos que representavam flores, pássaros e jardins. Pegou todos os troncos no mato, onde cupins de dentes bem afiados já estavam prestes a se instalar, fazendo valer a máxima de Lavoisier de que nada se perde, mas se transforma em fezes de cupim. Inclusive as árvores e mais ainda os guarda-roupas de hoje, feitos de madeira mentirosa – beiju no dente dos insetos amantes da celulose.
No princípio, pesadas, sujas, úmidas. Não vê-se ali um sinal sequer de beleza, um fio de esperança, um destino útil. Aos poucos, às cacetadas, raspadas, pinceladas e furos profundos, começam a surgir sinais do que só na mente ainda existia. Vem um pássaro, uma tulipa, uma flor – distingo as tulipas das outras flores, por achá-las, me desculpem as begônias, as rosas, os jasmins, etc, seres à parte na classificação botânica -, vem um menino de cabelos ao vento, um peixe, um mar inteiro fazendo curvas no tronco. Vão vindo coisas, e as cores sobre elas. Estas coisas todas vêm de um olhar e de mãos que agarram com força pincéis, espátulas, furadeiras, martelos, na ânsia de ver surgir ali, à sua frente, pelo milagre da criação, uma obra de arte dos leigos e corajosos homens que enxergam no resto que deixamos ao chão uma possibilidade, um céu azul, uma flor esculpida no coração.
(fotos aqui amanhã)
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A semana começou e com ela um semestre inteirinho de aulas. Mas quem gosta do que faz, faz sorrindo. Lícia, Carla, eu e Tom. Acreditem: esses sorrissos todos e ainda eram sete da manhã. Ê delícia!