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quinta-feira, 10 de março de 2005

“Me diga se já” ou: um monte de perguntinhas tentando rimar.

Já recebeu uma mensagem ao celular de alguém que dizia que vai por toda vida te amar?
Já disse com todas as letras que ama de verdade de olhos fechados só pra ver, na tela mental, aparecer corçõezinhos alados?
Já sentiu a vontade de rimar ‘cão’ com ‘machado’ só pra ver florescer seu primeiro poema rimado?
Já pisou no chão de manhã que de tão gelado te deu vontade de só acordar amanhã?
Já ouviu a voz de Deus sussurrando ao seu ouvido que tudo que lhe resta é um último estampido?
Já esteve a sós com uma menina que lhe mostrou a pança e disse que dali um dia brotaria uma criança?
Já andou descalço na chuva que caia junto com um dia que somente sol fazia, olhou para o alto e nem nuvem cinza via?
Já dirigiu a 100 por não ter alguém?
Já disse não à bailarina, que na sua frente se inclina, reclina, declina, só para ver até onde vai essa sua sina de ‘nada com nada rima’?
Já esteve à beira de um abismo e sua mente deu o passo final mas seu corpo afinal disse não à ordem que ouvia, dando a você de volta a vida a que tanto resistia?
Já se sentiu absurdamente infeliz, mas resistiu à tentação fácil de se afundar num chafariz, colocou uma roupa linda e saiu por aí, levantando o nariz?
Já encontrou com você mesmo no espelho, se pôs de joelhos e viu um coelho de olhos vermelhos vindo em sua direção, cheio de conselhos?
Já atravessou uma rua, na sua, desviando dos carros e da morte que queria, mas não te levaria, porque você sorria?
Já abraçou um doente que de tanto aperto pediu que parasse, pois não agüentava tanto amor que você sente?
Já amou muito mesmo a ponto de ter que dosar as gotinhas que nos seus olhos você com inútil força mantinha?
Já tomou remédio pra dormir e sonhou sem parar por horas a fio, com medo de acordar só com um arrepio?
Já acordou no meio de um sonho feliz e, sorrindo na cama, olhou para o lado e viu quem você ama?
Já pensou em se matar só para nascer de novo, de um ovo?
Já roeu um osso duro, engoliu depois um sapo, chorou escondido dentro de um saco e depois colheu flores e deu para seus velhos amores?
Já brincou de fazer rima sem graça, só pra ver se depois essa tristeza que não rima com nada passa?
Já pegou sua tristeza, tentou rimar com beleza, mas só conseguiu vê-la sorrir e pedir pra ficar, ainda implorando por mais um par?
Já amou a vizinha triste que vive como se o mundo não a visse?
Já abriu aquela velha e emperrada janela só pra esperar o sorriso que nunca sai dos lábios dela?
Já quis terminar uma rima e descobriu que juntar palavras é uma sina?
Já leu poema escrito por leigo que peleja com as palavras bonitas, mas tudo que consegue é rimar todas as palavras que um dia já foram ditas?

(e retorno à prosa dos meus dias sem rima mesmo, normais, mas cheios de vontade de sonhar com poesias mais rebuscadas, mais bem trabalhadas na métrica, na rima e no poder de pôr lágrimas nos meus olhos ao escrevê-las. Me desculpem os poetas de plantão, os que sentenciam de morte as palavras forçosamente rimadas e seus poetas vagabundos, obscenos, irresponsáveis. O que posso lhes dizer, antes que tentem me atirar pedras, é que o que às vezes faço é uma poesia de coração puro, melado e com ingenuidade de criança. Poesia do tipo que, proposital e desvergonhadamente, termina um texto falando de ‘esperança’, só para juntar ao seu lado a sua rima mais linda: ‘criança’.)

UPDATE - 11/03

Hoje não teve post novo, corro feito um louco para resolver probleminhas do mestrado. Pra completar, a conexão do meu micro com o telefone (sim, eu ainda uso acesso discado) deu pane. Final de semana sem internet, talvez. Mas tem as rimas, tem a poesia, tem um céu lindo cobrindo o mar da Bahia e tem show de Vanessa da Mata hoje à noite. Como podem ver, nem tudo está perdido ... Me aguardem!