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sexta-feira, 15 de julho de 2005

Eu no papel duzentas vezes

"Para ser grande, sê inteiro. Nada teu exagera ou exclui." (Fernando Pessoa)
Sou feito de diversas faces. Sou a composição de recortes minúsculos, milimétricos, diversas facetas, eu mesmo repetido duzentas vezes em um papel. Sou feito de cores, mas me apresento nessa representação gráfica e momentânea de mim, que vocês vêem acima, em preto, branco e em seus tons intermediários. Mostro as minhas cores, junto com as minhas diversas facetas, para poucos. Não sei se privilegiados ou torturados, mas minhas cores estão à disposição de poucos.

Faço caras e bocas, olho de soslaio, olho direto nos olhos, estou por vezes nu, por vezes sou eu mesmo que desnudo o objeto à minha frente . Em alguns momentos caem sombras sobre mim, mas junto-me a elas, na fotografia, precavendo-me: é melhor juntar-se ao inimigo do que tê-lo morto, ou à distância. Muitas vezes ponho, eu mesmo, a sombra à minha frente, em mais uma tirada estratégica: a sombra, em oposição com a luz, gera um conflito em que sobressai a luminosidade - aqui, o opositor dando armas ao inimigo.

Por momentos respiro, e deixo que vejam meu ato involuntário no olhar. Outras vezes, a minha respiração é apenas um gesto involuntário que me fazem voar levemente os pêlos à frente do nariz. Gesto meu, invisível, como tantos outros, que você não vê e não toca.

Sou um geminiano, uma composição, uma obra cubista, pedaços de mim na calçada, na sua tela. Olhos, nariz, boca, orelhas, quase tudo no singular. Meu coração, que não vês, também no singular. Seu pulsar, invisível, também.
De plural, só eu mesmo e essas minhas mil faces em tons de cinza.
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Boa sexta!

Namasté.