Notícias das flores
As flores que me espreitam no meu jardim, novas habitantes do meu banho, passaram por uma fase de dificuldades. Adaptar-se à nova vida é difícil por vezes. Nova terra, novos ares, novo admirador, novos adubos e novas essências a lhes subir pelas raízes, tudo ao mesmo tempo. É apenas normal que lhes caiam todas as folhas, e eu, que tenho tentado tanto entender sobre as mudanças, busco a paciência e a resignação necessárias para vê-las florirem de novo: primeiro as folhas mais verdes, em um verde tímido – gotas leves de esperança -, depois os botões e, por fim – mas não que esse seja exatamente o fim -, as flores.
Como elas ainda muito novas perderam tudo o que lhes crescia no caule, não pude guardar na memória exatamente que cor de flores cada uma fazia desabrochar. Isso, contudo, criou em mim uma curiosidade imensa, a ponto de querer não só falar com elas, mas ouvir delas a resposta para a minha pergunta de curiosidade infantil:
- Qual a cor da flor que tu és? – perguntei a cada uma delas, só caule, quase despidas à minha frente. Não responderam. Acho até que se sentiram insultadas com tamanha displicência minha.
Passaram-se alguns dias e, flores desabrochadas, relembrei, com a íris iluminada e em tons avermelhados que vinham do reflexos dos botões em flor, que minhas amigas são da cor vermelha e rosa. Duas delas. Porque uma, ainda tímida, não se revelou, e a outra, não sei ainda, mas parece que não conseguirá mais gerar flores. As mudanças, muitas vezes, fazem morrer.
Jardim florindo, eu, egoísta, ainda queria mais: é que elas, com o tempo, inclinaram-se em direção ao sol. Eu, egoísta, preferiria que elas se inclinassem em direção a mim. Mas tenho de entender que minhas palavras e meu olhar admirado não bastam para fazê-las florir, e entendo, resignado, que para se ter acesso à beleza das flores, temos que deixá-las seguir adiante, na direção do sol.
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Prometo postar aqui fotos das minhas flores. Ainda não: são vaidosas e odiariam sair semi-nuas em fotos na net.
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ENQUETE:
O post anterior, ‘Burn’, relata um ‘incêndio’. Como o interpretou?
a) como uma metáfora.
b) como uma narração de um fato ocorrido
c) como uma narração proveniente da imaginação fértil do autor.
d) Outra? _________________________________
Resposta amanhã. Obrigado pelo carinho!!
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Me chame no ORKUT.
Como elas ainda muito novas perderam tudo o que lhes crescia no caule, não pude guardar na memória exatamente que cor de flores cada uma fazia desabrochar. Isso, contudo, criou em mim uma curiosidade imensa, a ponto de querer não só falar com elas, mas ouvir delas a resposta para a minha pergunta de curiosidade infantil:
- Qual a cor da flor que tu és? – perguntei a cada uma delas, só caule, quase despidas à minha frente. Não responderam. Acho até que se sentiram insultadas com tamanha displicência minha.
Passaram-se alguns dias e, flores desabrochadas, relembrei, com a íris iluminada e em tons avermelhados que vinham do reflexos dos botões em flor, que minhas amigas são da cor vermelha e rosa. Duas delas. Porque uma, ainda tímida, não se revelou, e a outra, não sei ainda, mas parece que não conseguirá mais gerar flores. As mudanças, muitas vezes, fazem morrer.
Jardim florindo, eu, egoísta, ainda queria mais: é que elas, com o tempo, inclinaram-se em direção ao sol. Eu, egoísta, preferiria que elas se inclinassem em direção a mim. Mas tenho de entender que minhas palavras e meu olhar admirado não bastam para fazê-las florir, e entendo, resignado, que para se ter acesso à beleza das flores, temos que deixá-las seguir adiante, na direção do sol.
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Prometo postar aqui fotos das minhas flores. Ainda não: são vaidosas e odiariam sair semi-nuas em fotos na net.
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O post anterior, ‘Burn’, relata um ‘incêndio’. Como o interpretou?
a) como uma metáfora.
b) como uma narração de um fato ocorrido
c) como uma narração proveniente da imaginação fértil do autor.
d) Outra? _________________________________
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