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sábado, 9 de julho de 2005

19º

Venta e chove muito, céu cinza, roupa de lã grudada no corpo para aquecê-lo, chuva indecisa: uma hora forte, outra fraca. É seu inimigo, o vento, que a deixa assim, sem saber em quantas gotas se transformará, e, sabendo, qual o peso de cada pingo e que sensação é a que vai causar em mim, essa chuva gelada em corpo quente.

19 é o número que pisca, em verde, nos totens que indicam as horas, espalhados nas praças da cidade, informando a nós, amantes dos tempos mais frios e mais aconchegantes, que ele, o frio, chegou. E esse frioziinho de inverno baiano veio me chamando para baixo do edredon, para o lado aconchegante dessa pessoinha que se embala ao vento indeciso que mexe nossas telhas, arrepia nossos pêlos, faz dançar aquela árvore e agita aquela velha poeira escondida nos telhados, que agora é a minha companheira nesse chão que piso.

Chuva combina com frio, que combina com namoro aquecido, que combina com casa vazia só pra gente, que combina com perfume ao meio-dia, que combina com céu cinza, que combina com aquele casaco vermelho, em contraste, que combina com um cheiro de frio, sim, porque o frio tem um cheiro, que combina com vela acesa, que combina com filme no dvd, paisagem da janela, pantufas e banho morno.

Hoje não é dia de águas geladas no banho, sedes imensas, ou dia de atirar-se, insano, nas águas do mar, num alívio de calor. Hoje é dia de águas mornas, fomes imensas e de atrirar-se, insano, na cama quente. Ela, a chuva, me disse, na linguagem da chuva - aquela, decifrável apenas por aqueles que entendem a linguagem dos telhados e da sinfonia das telhas de cerâmica em contato com pingos, cada um uma letra, um fonema, um som mais fraco ou forte - , que ela veio para ficar por mais alguns dias. Pedi a ela que chova muito sobre essa cabeça minha que arde por vezes e que agradece a Deus pela presença dela, a chuva, nas horas em que a cidade, a casa, meu telhado, eu, nós todos, pedimos a purificação.