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quarta-feira, 13 de julho de 2005

Leve-me


(agarre-se forte no chão,
prenda a respiração,
depois entregue-se leve ao dia,
que é hora de se deixar levar pela poesia)

É de leve que se chega,
sopro roçando surdos ouvidos.

É de leve que penetra
Dó, ré, mi, fá, thi, lé, vi

É de leve que se ouve,
que se enxerga, que se vê.
Olhos: verve.

É do alto que vem
A lava
Que desce.

É de leve que se chega,
rastros mudos,
gafanhoto em caule verde.

É de leve que se sopra,
vento tímido.

É de leve que se sobe,
Passos lentos de pantufas:
Chão que brilha.

É de leve que se banha,
água rasa, pés molhados.

É de leve que se molha,
que se esvai,
que se entrega.

É nessa leva que se vão,
dias cheios,
noites cheias,
pés de cobre.

É de leve que se vive,
é de leve que se exprime,
sublime,
suave: redime.

É a leveza que me leva,
lava,
banha a alma que vaga, leve.

É de leve que se morre,
que se escorre,
morto, leve: releve.

É de pluma que se leva, leve, lebre, rápida, leve-me

É num sonho que te levo,
- Por favor: leve-me.


:::


Obrigado pela participação intensa na enquete. O quase-incêndio realmente ocorreu. Não foi imaginação minha, nem tão pouco o relato de uma noite ardente...
Namasté e felicidades, que hoje é quarta, dia de dormir de costela na costela, porque não sou de ferro!