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segunda-feira, 4 de abril de 2005

Texto entalado na garganta

Sei da tua fome por mim, sei da sede que sentes, do calor que te sobe a face, não sei pelos caminhos por onde tens andado nesses últimos tempos, mas posso arriscar a certeza de que eles, em alguns quilômetros, coincidem com os que percorro. Sei que acompanhas o meu passo, que sonhas em saber quantas horas dormi naquela noite, quantos sonhos ainda permanecem aqui e quantos eu ainda nem sequer sonhei em sonhar. Sei da falta que sentes das minhas confissões, sei da falta que sentes do meu número piscando no seu visor, sei da falta que sentes de saber quem eu ainda amo, quem eu não quero mais amar, quem ainda me ama e quem não quer mais amar. Sei que imploras aos céus que tudo volte a ser como era antes, que sofres com a falta, que planejas dias de sol ao meu lado, dias de sorriso solto, de muita alegria, dias, confesso eu, que sinto muita saudade.

Tenho vivido a minha vida com suavidade, percorrido novos caminhos, buscado novas paisagens, explorado novos toques na superfície que permeia a minha vida e a dos que vivem ao meu redor. Tenho buscado uma leveza maior de alma, e tenho companheiros nesta jornada aos quais tenho buscado me juntar por acreditar que a união gera forças mais poderosas. Tu com certeza sabes disso. É verdade que muito menos do que desejarias, mas sabes o quanto te permito que saibas. Sei que a tua dor brota dessa certeza, porque por mais que tentes, vai sempre haver um furo na história, uma linha não explicada, uma ato que não faz sentido na distância em que te encontras.

Todos os dias rezo para que a tua vida também seja leve, que o sono te pese aos olhos inesperadamente quando encostas a cabeça no travesseiro, que a tua vida seja próspera e cheia de conforto. Te desejo à distância, porque, apesar de nutrir por ti um carinho imenso, sei que nossas vidas são mais saudáveis assim.

Espero, de coração, que aceites essa distância como uma dádiva que nos damos um ao outro, um presente que a vida está nos concedendo em prol de um momento de paz. Espero que encontres um alívio nessa dor que ainda insiste em te unir a mim, mesmo que eu não queira mais. Te garanto que te sentirás leve quando olhares da tua janela não mais na minha direção, mas na direção exata da tua felicidade e descobrires que ela se abre todas as manhãs para um mundo diferente, pronto para ser explorado e sentido com a leveza das penas de um pássaro azul.