Reencarnação
Ontem fui ver Reencarnação, com Nicole Kidman. Um belo filme, apesar de ter suscitado a ira da maioria da platéia que se predispôs a sentar a bunda em uma cadeira de cinema durante quase duas horas em pleno sábado à noite para ver um filme de temática absurda. Isso porque o filme é bom, mas só serve para quem lê um pouco e obviamente acredita nesses lances espirituais, ou pelo menos tem boa vontade de encontrar uma lógica naquilo tudo, mesmo de forma cética - o que é difícil, já que se trata de um tema impossível de ser discutido cientifica e racionalmente. Tem de acreditar - e viajar, e muito.
Mas o melhor do filme não é o tema - inclusive, o roteiro não ajuda em nada aos céticos ou aos que ignoram o que é a reencarnação, do que é o deja-vu, etc. O melhor do filme são as atuações do garoto Cameron Bright e da própria Nicole e a trilha e a direção a la Hitchcock.
Me impressionaram os silêncios ao longo do filme, principalmente a cena da ópera, onde a câmera fica grudada no rosto de Kidman por alguns longos e dolorosos segundos. As pausas antes de respostas a perguntas-chave causam a sensação de que tudo já foi dito, ou de que pouco, na realidade, precisa de fato ser dito. Os personagens falam pouco e absolutamente o necessário, principalmente o obstinado garoto, craque em fazer aquela carinha de diabinho reencarnado.
Mas o melhor do filme não é o tema - inclusive, o roteiro não ajuda em nada aos céticos ou aos que ignoram o que é a reencarnação, do que é o deja-vu, etc. O melhor do filme são as atuações do garoto Cameron Bright e da própria Nicole e a trilha e a direção a la Hitchcock.
Me impressionaram os silêncios ao longo do filme, principalmente a cena da ópera, onde a câmera fica grudada no rosto de Kidman por alguns longos e dolorosos segundos. As pausas antes de respostas a perguntas-chave causam a sensação de que tudo já foi dito, ou de que pouco, na realidade, precisa de fato ser dito. Os personagens falam pouco e absolutamente o necessário, principalmente o obstinado garoto, craque em fazer aquela carinha de diabinho reencarnado.
Vá por sua conta e risco.