Sina
Quinta-feira passada estava visitando a nova loja da Tok & Stok aqui em Salvador e me bati com o mesmo cara que um dia me vendera todos os móveis para meu apartamento em Belo Horizonte, logo no início dos meus dias lá. Os anos se passaram e eis que nos encontramos de novo. Ele, agora, o estranho, o novo em uma cidade. Eu, o nativo. Não titubeei:
- Poxa, Harley, anota meu número ai. Posso te mostrar a cidade. Precisando de alguma coisa já sabe, né?
- Claro Leo, ligo sim. Deixa eu anotar.
Saí de lá pensando nesse encontro o no meu impulso quase irracional, oferecendo ajuda imediata. Aí lembrei da velhinha do post de segunda-feira e a dívida que ela me fez ter com o mundo – principalmente com os forasteiros que chegam à minha cidade.
Acredito que na vida fizemos por merecer, em algum momento, tudo que nos acontece. E se a velhinha e tantos outros anjos apareceram no meu caminho nos dias em que eu era o forasteiro, certamente foi porque um dia eu fui o anjo de muita gente e, por isso, estava apenas colhendo o que havia plantado. Lei simples, natural e imbatível do universo.
A experiência de ter sido acolhido com tanta generosidade nos lugares mais diferentes, de ter recebido tantas mãos para me levantar, tantos cobertores para aplacar o frio, tantos guarda-chuvas para aparar a chuva que caia do céu sobre mim me tornou um bobão sensível. E como a gente tende a ter empatia com os que estão tendo as experiências que já experimentamos na pele, o meu ponto fraco é gente-de-fora-precisando-de-cuidados. Não posso ver um cabelo mais loiro ao vento ou um sotaquezinho diferente e já quero ajudar. É verdade. Turista em apuros? Chama Leo que ele resolve. Não sabe como chegar no Elevador Lacerda? Segue meu carro. Te roubaram? Te levo na delegacia. Não sabe pra onde ir à noite? Anota aí.
Isso para mim não é qualidade nem defeito, por isso falo sobre o assunto com tanta naturalidade. É apenas sina. Um dia ainda inauguro um ‘abrigo para forasteiros em apuros’. Ê vida dos carmas!
- Poxa, Harley, anota meu número ai. Posso te mostrar a cidade. Precisando de alguma coisa já sabe, né?
- Claro Leo, ligo sim. Deixa eu anotar.
Saí de lá pensando nesse encontro o no meu impulso quase irracional, oferecendo ajuda imediata. Aí lembrei da velhinha do post de segunda-feira e a dívida que ela me fez ter com o mundo – principalmente com os forasteiros que chegam à minha cidade.
Acredito que na vida fizemos por merecer, em algum momento, tudo que nos acontece. E se a velhinha e tantos outros anjos apareceram no meu caminho nos dias em que eu era o forasteiro, certamente foi porque um dia eu fui o anjo de muita gente e, por isso, estava apenas colhendo o que havia plantado. Lei simples, natural e imbatível do universo.
A experiência de ter sido acolhido com tanta generosidade nos lugares mais diferentes, de ter recebido tantas mãos para me levantar, tantos cobertores para aplacar o frio, tantos guarda-chuvas para aparar a chuva que caia do céu sobre mim me tornou um bobão sensível. E como a gente tende a ter empatia com os que estão tendo as experiências que já experimentamos na pele, o meu ponto fraco é gente-de-fora-precisando-de-cuidados. Não posso ver um cabelo mais loiro ao vento ou um sotaquezinho diferente e já quero ajudar. É verdade. Turista em apuros? Chama Leo que ele resolve. Não sabe como chegar no Elevador Lacerda? Segue meu carro. Te roubaram? Te levo na delegacia. Não sabe pra onde ir à noite? Anota aí.
Isso para mim não é qualidade nem defeito, por isso falo sobre o assunto com tanta naturalidade. É apenas sina. Um dia ainda inauguro um ‘abrigo para forasteiros em apuros’. Ê vida dos carmas!
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Imperdível este post, um show do que é caridade.