<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







quinta-feira, 31 de março de 2005

Com a benção de Olorum


O ano era 1976, e os quatro baianos estavam na estrada. Cada um com uma peculiaridade. Dois compositores de mão cheia e duas intérpretes de gogós afiados. Uma, rústica, forte, enérgica, com 'erres' bem pronunciados e força facial expressiva. A outra, doce, suave e sensual como a sua própria voz . Os quatro ainda estão vivos e atuantes. Os quatro já passam dos sessenta, provavelmente.

Naquela turnê, quando passavam por Floripa, um deles, o negro que hoje é ministro, foi preso. O que se vê no documentário, entre outras pérolas, é o olhar sarcástico do compositor de 'Abacateiro' ao ouvir o juiz definir a sua pena por porte da 'erva maldita', é a impaciência da irmã do outro compositor - o que não fora preso - ao ser inquirida, de bobs e em pleno ato de maquiagem, acerca da ausência de envolvimento político do grupo. Em outra cena, o irmão dela solta o verbo - ou não. Em uma outra, a de voz fina abre o gogó e as pernas, delineando uma genitália robusta, talvez ainda mais avantajada pela provável presença hippie de pentelhos não-aparados e em pleno e franco desenvolvimento.

As músicas são belas e talvez pudessem ter sido delicadamente cortadas, evitando a repetição inútil e insistente dos refrões. É tudo original e muito verdadeiro, e é no mínimo interessante ver aqueles loucos pulando no palco - imagem tão distante do que se vê hoje quando os mesmos baianos põem os pés na ribalta: Bethânia perdeu os erres, Gal engordou e quase desmaia no palco depois de uma dieta mal feita, Caetano cortou o cabelão e se apresenta de paletó e gravata, e Gil... bem, esse aí virou ministro, mas pelo menos foi o único que aceitou falar à Folha de São Paulo sobre os episódios vividos pelos Doces Bárbaros.

Aqui em Salvador ainda está em cartaz, às 21h15, até hoje, na Cinema do Museu. Eu, para vocês terem a idéia do quanto me diverti, só digo o seguinte: vou comprar o DVD sem nem olhar o preço.

***
Salvador é uma cidade feita de açúcar. Não queiram imaginar o que passei hoje pela manhã para conseguir chegar no trabalho com a chuva que caiu.

***
Estou adorando receber visitas - e comentários - de tanta gente diferente que vem passando por aqui. Continuem vindo e comentando, a casa é de vocês.

No mais boa quinta - Namasté.