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terça-feira, 16 de janeiro de 2007

[rituais de verão 2: pelas barbas da sereia]

De longe o que se via era uma silhueta feminina, sentada na pedra, com o espelho na mão, que mirava direto a parte inferior da face. Era uma sereia. Só podia. Provavelmente passando batom. Pisquei os olhos mais uma vez: quase me enganou, danadinho. Um longo parênteses para explicar que a cena foi vista na Praia do Buracão, Rio Vermelho, Bahia. Para quem não sabe, é aqui nesse bairro que acontece a Festa de Iemanjá, todo dois de fevereiro. Sendo assim, encontrar uma sereia por essas bandas não seria de causar surpresa em ninguém. Um ‘sereio’, sim.

Nada contra os sereios. Mas o inusitado da cena não era o fato de que ali se banhava um trans. Cabelos longos e ondulados, molhados. Tanga mínima. O inusitado era o que se via naquele fim de tarde, em que o sol já descia fraco, por trás do Pestana, e a sereia ao longe, sentada em uma pedra, como que dirigida por alguém que buscava a sincronia perfeita entre a perna colocada de lado, o sol fraco e dourado do fim de terde de verão, o espelho mirando o rosto em uma das mãos e... uma pinça, catando cada fio da barba, que insistia em crescer . Sentiram o ‘inusitado’ da coisa?

Por isso é que eu digo. Isso é que dá freqüentar praia com esse nomes. ‘Buracão’ é lugar onde a gente se esconde. Lugar onde se pode fazer tudo, ou como é que vocês acham que consegui essa marquinha de sunga na bunda? E onde vocês acham que eu tive coragem de dar as minhas primeiras raquetadas no frescobol? Essa total ausência de holofotes fez a trava relaxar e viver os seus dois lados. A sereia dourada e o sapo barbudo conviviam em harmonia na pedra do Buracão.

E eu de cá, achando que já tinha visto tudo.