[um depois do outro]
- Moço, é a sua vez.
- Ah, senhor. Me desculpe. Estava aéreo aqui, pensando em umas coisas boas...
- Nunca vi ninguém assim tão feliz na fila do pão.
- Pois é, né. Acho que essa minha felicidade está estampada na cara. Até esqueci.
- E com tanta notícia ruim no jornal... você ainda parece tão feliz.
- É verdade. Vem de dentro. Vou querer dez cacetinhos, moça.
Voltou pra casa, que agora é a casa deles. Sentou-se à mesa, com aquele mesmo sorriso estampado na cara. Esqueceu do ruim do jornal, mordeu o pão quentinho, com gosto de casa, de aconchego. Com gosto de aniversário de um ano.