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quinta-feira, 25 de maio de 2006

[sobre as belezas genéricas e a vaidade de ser específico]

Hoje um amigo me disse que eu divido com meus colegas de trabalho no UEC as atividades que preparo por pura vaidade. Disse que elas são muito boas. Segundo ele, tenho talento pra coisa. “Mas só não precisava se exibir tanto”, arrematou. A ele, imediatamente respondi: “e você utiliza todas que eu faço por preguiça de fazer as suas próprias”. Fui rápido e certeiro – nisso, às vezes, sou bom também -, mas o que ele disse me calou fundo. Sei que as atividades são boas, faço com muito amor, posso me dedicar a elas durante horas pelo puro prazer de usá-las com meus alunos. Nisso, não há vaidade. Há um bem-estar, amor pelo que faço, criatividade, insight e coragem de pôr no papel uma idéia e arriscar-se junto com ela, coisa que muita gente não tem. No entanto, a vaidade houve, sim, na hora de compartilhar com os outros. Estaria mentindo se dissesse a mim mesmo que só houve altruísmo da minha parte no momento em que expus a minha criação no mural dos professores. A minha vaidade clamava por mais: reconhecimento. Ao mesmo tempo, vieram alguns questionamentos: será que, lá no fundo, não agimos todos guiados, em parte, pela vaidade? Será que não estamos, constantemente, em busca de um reconhecimento, nem que seja nos atos mínimos? Que graça teria a vida se não pudéssemos expor ao mundo o que criamos, o que fazemos? Quantas vezes um amigo não já se aborreceu com você por que aquele novo corte no cabelo nem foi notado? Será que sucesso, para ser sucesso de fato, precisa de reconhecimento público, como disse Adriana Falcão no seu livrinho de definições? E será que, nesse caso, a vaidade é tão ruim assim que precisa ser evitada? Foi por ela que esse colega de trabalho e outros tiveram acesso a um material que eu considero bom, foi por causa dela que algo novo surgiu, é por causa dela que eu busco dar a melhor aula que eu posso. A vaidade, em parte, me motivou sim. E arrisco mais: a vaidade humana é a força motriz da beleza. Negue que uma flor não se abre toda para ser vista e admirada. Negue que a borboleta que meu sobrinho flagrou saindo do casulo ainda molhada essa manhã não se alegrou inteira ao ver que estava nas lentes da câmera de um garoto de oito anos de idade. Negue que você não comprou aquela camiseta de cento e tantos reais só para ser reconhecido como possuidor de um certo status. Negamos a todo instante, porque quando negamos que somos vaidosos aumentamos o mistério do que de fato somos. Por que beleza sem mistério não é beleza. É exposição gratuita, é feiúra disfarçada de produto genérico.