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sexta-feira, 14 de abril de 2006

[ocos ovos]

E que venham então os ovinhos. De chocolate. De esperança dentro – porque quando se é criança e se sonha, sempre se acredita no chocolate extra que mora no ovo. Admito que ainda prefiro o chocolate em barras, ou em bombons redondos que cabem direto na boca. São mais práticos e não dão a falsa sensação de que se tem nas mãos uma iguaria inteira, toda inteira, maciça. Mas talvez os ovos de Páscoa sejam ocos para caberem neles a esperança, ou a leve lembrança de que ela existe. Para as crianças, é esperança e sonho se concretizando na casca que normalmente se joga fora, mas que aqui se come, é esperança e vontade se realizando quando se descobre que no oco moram mais três ou quatro tabletes de puro chocolate. Para o adulto mais cético, que não se deixa enganar, o ovo é representado em números, em gramas e no valor que se paga no caixa. Para a criança, vale o colorido da embalagem, a possibilidade que mora nela, e o barulho que faz a esperança que mora dentro, quando se balança o ovo e se ouve o sussurro da surpresa que alegra o domingo já cheio de tantas lembranças. Lembranças que me mantêm vivo até hoje - apesar de ter esquecido do suspense de quebrar a casca em dois e lembrar, feliz, que não só se comem as cascas como também que no oco ainda há algo mais para ser saboreado -, como a de minha mãe distribuindo esperança ao esconder as iguarias de chocolate do coelho que eu nunca via, mas que a qualquer hora poderia pular de um arbusto, sorridente, cheio de ovos – que não derretiam nunca – nas costas. O coelho nunca veio, nunca o vi, é bem verdade. Melhor assim. Assim continua em mim o sonho, a esperança, e a possibilidade de a qualquer hora pegar uma barra maciça do mais delicioso chocolate, derretê-lo, dele construir um ovo-oco-com-sonho-realizado-dentro e repartir com os amigos, com vocês, reativando essas velhas lembranças que de tão antigas me remetem, novamente, a antigas esperanças.
Nesta Páscoa, experimente fechar os olhos e lembrar o gosto que tinha o ovo de chocolate na época em que tudo era simples, oco e com tabletes de esperança dentro.
Bom domingo.