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quinta-feira, 6 de abril de 2006

[em frases soltas]

Ontem eu comecei a escrever esse post numa sala com cinqüenta computadores. Tive medo de perdê-lo. E perdi, de fato. Agora escrevo sozinho, no Word, mais garantido. Arriscar às vezes pode ser fatal. Não arriscar, na maioria das vezes, é a fatalidade materializada em um ato covarde. Hoje vou comprar pinos para o carro. É duro envelhecer, ele me diz toda vez que tento tirá-lo da garagem às seis da manhã. Meu carro quase não agüenta mais o meu pique. Vou também ao supermercado. Faltam coisas básicas na minha vida, como sabonete para lavar o corpo, por exemplo. E sabão em pó para lavar a alma, ou seja, as roupas que me vestem. Tenho uma lista de afazeres para hoje. Estou viciado nas séries. Agora assisto The West Wing. Ninguém gosta, só eu, mas existe uma relação minha com questões do poder. Um dia vou descobrir porque gosto tanto de The West Wing. Porque, na verdade, é chato mesmo. De amanhã funciono bem. Até as dez. Quando a dez chegam, me cegam, aí só me resta rezar bem forte e pedir a Deus força para levar o resto do dia. Às cinco, melhoro, às dez tô exausto. É sobre-humano ter de trabalhar até as vinteeduasetrinta. É sobre-humano viver tão longe de você. É sobre-humano ter de descobrir se as palavras vêm juntas ou separadas. Se o nosso destino é esta justaposição, ou essa cadeia emaranhada, então que sejamos uma única palavra encravada no Aurélio. Meu amigo diz que não se diz mais que línguas evoluem, não se diz mais preto, nem se for nome próprio, assim, com pê maiúsculo. Tenho um amigo que se irrita profundamente se alguém adentra uma sala e não diz bom dia. Esse meu amigo já está com rugas imensas. Meus alunos da faculdade não sabem ouvir. Eles me obrigam a ser repetitivo. Existe uma linha tênue entre ser repetitivo porque não te ouvem e ser repetitivo porque você não se ouve. Eu não sei nem onde está essa linha. Minha dissertação está pronta, em minhas mãos, e eu tenho medo de abri-la. Talvez medo de descobrir que me repeti. O mestrado me afastou do blog, me afastou das minhas palavras, me afastou do teclado. Vou voltar pra terapia, mas não por causa disso. Nesse mês o dinheiro dá. Aperta, mas dá. Minha lombar dói, meu joelho esquerdo dói, meu ombro esquerdo também dói. A dor no pé torcido está melhor, e os intercostais vão bem, obrigado. Eu malho numa sauna. No banheiro da minha academia só cabe uma pessoa em pé. Tenho saudades do tempo em que eu tomava banho em casa. Preciso comprar uma nova vassoura. Espanador já tenho. Poeira então, nem se fala. Toda vez que compro uma roupa, tiro o dobro do que comprei do meu guarda-roupa. Hoje quem limpa meu quarto é a filha da minha faxineira. Talento corre no sangue ou estamos predestinados a viver na pobreza. Minha amiga Aline nunca mais me ligou. Meus amigos não me ligam mais. Minha conta da Tim foi vinteequatroreaisetrêscentavos. Eu também não tenho ligado pra eles. Amanhã vou acordar antes das seis, antes das seis e com sono, antes das seis, é verdade, mas para fazer a coisa que eu mais gosto na vida. Hoje é o último dia da minha semana, mas ainda tem o sábado e depois do sábado o resto inteiro da minha vida. E a vida vem em frases soltas.