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segunda-feira, 5 de setembro de 2005

Orientações

Fazia um tempo que eu não a via. Ela andava sumida, eu também, meio que sumidos sob um acordo mútuo, calado, discreto e, principalmente, favorável aos dois. Eu não aparecia e ela não me cobrava nada, ela não aparecia e eu não cobrava nada dela. Passaram-se dois meses e nos reencontramos novamente. Matamos as saudades, entupi as mãos dela com textos imensos, resultado desse tempo que a gente andou afastado – “muito aconteceu”, eu disse a ela. Ainda tinha lembranças minhas num papel, lembranças estas elogiadas docemente – sim, ela é doce, humana e afável comigo e com todos – por ela, que disse que sou conciso, apesar dessa concisão às vezes agir contra mim: para ser conciso, deixo de me aprofundar em alguns momentos. Sou assim mesmo, pensei.

E quem disse que a vida acadêmica – a tão dita ‘fria academia’, desprovida de calor, de humanidade - não mostra os nossos sentimentos? Pensei em falar isso com a minha terapeuta, mas decidi que seria demais para a cabeça dela.

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A hora se passou, olhava nos olhos dela com atenção. Ela me salvara de pensamentos que queria evitar, olhou para a pilha de livros em cima da mesa - “esse é bom, esse é ultrapassado, não vale mais” –, e me orientou, de fato. Saí de lá desorientado, é bem verdade, mas confuso até colocar de novo os olhos nos livros, e relembrar o que ouvi. Daqui a um mês encontro com ela de novo.

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A sensação de ter alguém te encaminhando em um processo é ótimo. É uma sensação de liberdade misturada com a sensação de estar sendo guiado. É como ser um cego que pode ver, se me entendem.

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Na saída me pediu para carregar uns livros que ela tinha na mão. Disse que estava aprendendo a pedir ajuda. E eu, de sorriso no canto da boca, pensei com meus botões que ela nem imaginava quem estava sendo mais ajudado ali.