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domingo, 24 de julho de 2005

Spiegel


É uma parede cheia de reflexos, todos eles eu.

Entrei no quarto disperso, ausente de mim, vendo o chão, parede e teto que me sobrevoava. Ausente de mim, longe da minha pele, dos meus sentidos, longe do toque abafado da minha carne que vive, crua, sob a minha fina camada de epiderme. Longe dos meus sentidos, dos meus órgãos viscerais, aqueles roncos surdos, aula de anatomia. Longe do que não se via, tão perto e tão longe por não ser visto. Estava incluído eu no mundo, estava eu, incluído naquela cortina espessa que me separava do quarto cheio de espelhos, vendo-me, nu, em cada um deles. Cada um uma moldura, em cada um, um gesto meu diferente, todos pasmos, surpresos, relatados: eu várias vezes repetido, eu várias vezes gesto repetido, onde quer que eu fosse, um fosso e eu, incólume do lado de cá, antes do reflexo duro meu no espelho.