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terça-feira, 7 de junho de 2005

Minhas confidentes e amigas, as flores


Enquanto tomo banho, todos os dias, é esse o jardim que me espreita, são essas pequeninas e coloridas flores que limpam a minha alma enquanto a água que jorra da ducha limpa o meu corpo. Converso com elas todos os dias e, apesar de conhecê-las há menos de uma semana, já são minhas melhores amigas e – confesso, envergonhado – já conhecem segredos de amor que até meus melhores e mais íntimos amigos desconhecem. Elas não conhecem estes segredos apenas porque já foram testemunhas oculares de atos de amor diante dos seus olhos de flores: elas sabem deles porque eu converso com elas, e é a minha conversa, o meu cumprimento sonolento da manhã e o meu boa noite bocejado que as alimenta, que lhes fornece a seiva para a fotossíntese espiritual, que independe dessa luz física, mas da luz que jorra das palavras de quem elas considera dono. Flores sem dono – que defino aqui como as que moram em casas fechadas, porque as da natureza são de ninguém, daí a sua beleza inigualável – tendem a morrer murchas, com aquela sensação de vinho que vira vinagre sem antes ser apreciado pelo paladar. Morrem sem ter a sensação de ter embelezado e limpado uma alma aflita, sozinha, carente. Morrem, enfim, sem exercer a sua função de flor: embelezar, ávidas e coloridas, a vida.

Já moraram azaléias cor-de-rosa no meu canteiro, elas sabiam mil segredos meus, mas por força maior tive de deixá-las sós por mais de um mês. Apesar das mil e uma recomendações que fiz à moça que se encarregaria de regá-las e contar-lhes as novidades, chego à minha casa para encontrá-las mortas, sem vida, carentes de mim, como cão que sente falta do dono e morre, à míngua, de tanta saudade.

Essas rosas-meninas que lhes apresento hoje são minhas melhores amigas - sei que a foto, de tão ruim, não lhes capta nem minimamente a beleza que têm. Delas sei segredos, como aquele que a gente sabe, mas desconhece, pensa que poderia repetir, mas faltam palavras. Um segredo que não pode ser dito: é esse o segredo das flores.
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