<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







sábado, 4 de junho de 2005

Batuque Divino

Só o bom soteropolitano vê e curte esse céu cinzento em plena tarde de sábado na cidade.
A Igreja do Bomfim está encoberta pela neblina rala que é a cortina de água – porque os pingos, espessos, vistos a uma distância como essa, formam uma cortina, uma lente que aumenta ou diminui a paisagem. Só sendo soteropolitano para entender que aqui faz frio sim, frio de baiano dengoso, mole, baiano de missão cumprida temporariamente com a vida, que fez tudo que tinha de ser feito durante a semana e agora, tudo o que quer, é ser acordado - no meio de uma tarde chuvosa de velas no quarto, companhia na cama, aromatizador exalando cheiro de capim santo, chuva batendo no telhado com a mesma força de sempre e o mesmo barulhinho que nina -, pela mãe-coruja-vencendo-preconceitos com chocolate quente e bolachinha no prato de louça.

Esse baiano friorento que se enrola todo, acha, e confessa a vocês, que numa tarde como estas, onde tudo é tão perfeito, desde os pés até o ar que respira, tudo em uma ordem assustadora, tudo mesmo, só pode ser Deus, lá de cima, mandando, com a sua Filha das Tempestades e a outra, do Amor, essas lágrimas pesadas, que fazem sinfonia no nosso telhado.
(É em teu sono que reside a minha espera. A minha paciência é testada pelo tanto que sonhas, pela força com que fechas os olhos querendo viajar pelo mundo onírico, mundo onde, eu sei, tudo é mais fácil, maleável e possível.
Sento-me a beira dessa cama que é nossa, dentro aqui do nosso ninho refeito, com cheiro de capim limão, e observo como giram os seus globos oculares. A cada giro é um minuto que passa, um segundo que se esvazia, um sonho que é sonhado. Agora sei porque dormes tanto. Não é possível sonhar em qualquer lugar. Os olhos só fecham e sonham naquele ponto exato onde o conforto emocional atinge o seu pico. Fico feliz, encantado até, com a sua escolha. É na nossa cama em que sonhas, é sob o nosso edredon que te aqueces nessa tarde cheia de água, barulhos confortantes e cheia de mim, aqui, zelando o teu sono.)