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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005

Bom de multidão


Sou bom de multidão, modéstia à parte. Não sei se isso é um dom natural, ou se é pela prática de andar no meio de tanta gente no carnaval. Fico com a primeira opção, apesar de não saber se alguém na minha família, de fato, é bom de multidão para que eu pudesse ter herdado os genes. Digo isso porque conheço muita gente que não perde um Carnaval sequer e nem por isso é bom de multidão.

Papo louco... afinal, o que é 'ser bom de multidão'? Ser bom de multidão é andar bem no Carnaval da Bahia - e lhes garanto que não há multidão maior em nenhuma festa do mundo. Quem é bom de multidão não tem medo de gente. Não tem nojo de gente suada e, principalmente e antes de tudo, gosta de aperto, de amasso, de toque. O bom de multidão, com certeza, não pode ser fresco, não pode se importar com o perfume, não pode ter pena de sujar o tênis e não pode ter unha encravada, porque o que se leva de pisada...
O bom de multidão reconhece quando é impossível se movimentar e não se estressa, deixando que o ritmo o leve. Solta o corpo e relaxa, porque ele sabe que no Carnaval não há compromissos, pra onde quer que a multidão vá, é só ir atrás - isso, é claro, em condições de normalidade.
O bom de multidão não parte pra briga, mas se protege com os cotovelos. É. Se eu fosse dar um curso de como andar nas ruas no Carnaval, ou em uma multidão qualquer, diria que a posição básica é aquela de pés firmemente calcados no chão (quando possível, obviamente) e cotovelos abertos, formando um triângulo no tórax. É batata. Ser bom de multidão é prever percalços: pipoca do Chiclete, ou de Ivete, ou do Psirico, nem pensar. Quem é bom de multidão sobe logo numa árvore ou fica em cima do primeiro muro que encontra caso seja surpreendido por um desses grupos. Mas bom de multidão que é bom mesmo nunca se surpreende em situações como essas, porque ele é experiente e sabe que não pode olhar pra baixo enquanto se movimenta no meio de muita gente. Olha sempre pra trás e pra frente, avistando o horizonte e vendo em que direção a que bloco se está indo ou que bloco está vindo na sua direção. Ah sim, esqueci de dizer que o bom de multidão tem de ter pelo menos 1m70cm. Caso contrário, nunca será um bom de multidão - a opção seria um periscópio, mas aí fica caro. Talvez andar coladinho com um bom de multidão seja a solução ideal para os mais baixos. Aliás, o bom de multidão entende muito sobre a arte de andar em filinha com os amigos. Ele não parte e deixa os outros pra trás mas, ao contrário, está sempre atento aos amigos. Ele entende a importância de estar em um grupo durante a festa.
O bom de multidão fica atento às entradas e saídas e sempre que vê um perigo iminente pega o primeiro atalho em direção à rua adjacente mais próxima. Quem é realmente bom de multidão se abaixa quando vê briga, corre dela se for possível, e fica atento à vinda dos policiais, inclusive, ajudando a abrir caminhos para que eles se movimentem com facilidade, tudo isso sem estresse, com espontaneidade e leveza. Quem é bom de multidão mesmo, dá a preferência aos ambulantes - porque entende que eles estão ali trabalhando- e ainda facilita o trabalho das crianças que ficam catando lata durante a festa inteira. O bom de multidão não abre a mão de se divertir muito, de admirar a festa e até chorar de alegria quando toca aquele música especial. Não abre mão de dormir e comer bem, não exagera na bebida e não sai por aí agredindo ninguém. O único exagero do bom de multidão é na crença daquela idéia de que é sendo gentil, atento e carinhoso consigo mesmo e com os outros que se faz uma eterna festa de paz.

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Meu post saiu mais cedo hoje, porque um bom de multidão não fica em casa no dia 1 de festa na Cidade da Bahia. Se meu pé não tiver doendo muito quando eu chegar, quem sabe eu não atualizo mais tarde?

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Por ser Carnaval até terça-feira, estarei um pouco mais ausente, principalmente nas visitas aos blogs queridos. Mas não sumam daqui. Prometo contar tudinho depois. E tentem me ver na Band (hehehe). Fuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiii!!!!

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Jean é LÍDER!!! Pulei de alegria.

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Na foto, eu e minha negona favorita, Sandrinha, ou Xuxa pra os mais íntimos.