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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2005

A altura dos meus olhos


E fico aqui lembrando dos dias em que eu via o mundo da perspectiva de meu sobrinho Ângelo. Meus olhos alcançavam as pessoas pela cintura, tinha de levantar o pescoço para ver-lhes o rosto e o mundo era de um azul tão lindo que eu nem lembrava que ia crescer um dia. Comecei a ver - sem ter de levantar os olhos - os umbigos, os seios e, num movimento ascendente, os pescoços, as bocas, os olhos (admito que essa foi uma fase difícil em que aprendi muito), as testas... e quanto menos precisava erguer o pescoço para ver as pessoas de frente, eu notava que para ser grande e ver o mundo do alto paga-se um preço enorme. Muitas vezes baixei os meus olhos para evitar outros dois que me miravam numa linha duramente horizontal, muitas vezes fitei os meus umbigos em busca de suporte, muitas vezes subi em pilastras para assustar com meu tamanho fictício o mundo que tentava me deter. Só depois de atingir alturas fora da média e passar a ver muitos cocorutos daqui do alto passei a ter outras lições da vida e hoje, confesso, não sei quantas vezes tenho de me acocorar e olhar nos olhos de uma criança e dizer que eu cresci, eu sei, mas confesso que de joelhos ainda me sinto mais protegido.

(na foto, eu, painho e mainha)