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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2005

Batendo o pé

Uma senhora parada na poltrona azul. Estarrecida. O semblante misturava indignação e dor. Uma garota, de braços cruzados, olhos vermelhos, bochechas rosadas. Tinha passado os últimos minutos em prantos. "Você chorou, chorou que eu vi.", bradava um adolescente do sexo masculino para outro, obviamente também do sexo masculino ao final das duas horas e meia de projeção. Metade da platéia ainda sentada e os créditos finais de Menina de Ouro já tinham passado há pelo menos dois minutos. Tinha gente que simplesmente não conseguia sair da cadeira depois da explosão que é o filme.

Hillary Swank, Clint Eastwood, Morgan Freeman, lágrimas, perseverança, muito soco bem dado na cara, uma nova Hitler f.d.p. que dá vontade de nocautear, torta de limão, vontade de viver, vontade de morrer. O filme é isso. Mais não conto, só digo que esse sim, vale, e muito, a pena.

***

E eu fiquei pensando no que me faz chorar. Não choro com mortes em filme, não choro com atos heróicos simplezinhos e forçadamente melosos, tipo salvar um bebê de carro em chamas, ou salvar uma velhinha de um roubo na rua, não choro com o sofrimento do personagem, mas choro com exemplos de vida, choro com bondade pura, choro com gestos de solidariedade e, nesse filme em especial, chorei muito exatamente nas partes em que ninguém estava chorando, que foram aquelas em que Maggie - a personagem de Swank - batia mais uma vez o pé no chão e dizia que ia conseguir sim. Isso me fez desabar, porque admiro e tomo como exemplo pessoas que têm auto-confiança, que estabelecem relações verdadeiras e de lealdade e que, acima de tudo, não ficam paradas esperando que o mundo resolva seus problemas. Admiro força, vontade de vencer. E isso tudo me arranca lágrimas, que não têm nada a ver com tristeza, mas com júbilo, alegria e uma afinidade completa entre a tela e o que almejo para mim mesmo como um ideal de felicidade real e inabalável.