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terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

[wet and wild]

A música de Caetano, uma exaltação ao trio, não o elétrico, mas o do suor, da chuva e cerveja, parece que vai ser o hit do verão, por mais que insistam e tentem os berimbaus metalizados ou os bororós.

A menina do tempo não mente, e os organizadores devem estar de cabelos em pé – até que a chuva caia. Vamos providenciar os plásticos. Mudança de última hora no figurino das divas do carnaval. Nada de decorações muito altas na cabeça. A moça do tempo, quando anuncia a chuva, pede moderação nos badulaques. Nada de homenagens a Carmem Miranda, ou a Maggie Simpson. Coques baixos, pois o plástico negro há de causar dores na cervical. Reforcem-se as doses de analgésico. Chamem, além do fono, o orto e o fisio. Alôbenede, Ivete e Netinho hão de dar-se mal. Altura não combina com plástico-preto-cobrindo-o-trio. Márcia Short, já pelo nome, está fadada se dar bem. Meninas, cancelem os cabeleireiros, porque vai ter muito cabelo pingando na chuva. Horas de prancha serão horas perdidas. Invistam tempo nos impermeabilizantes. Garantam o par de tênis do ano passado - aquele já arquivado, emoldurado, posto para sempre na agenda. Junte-os aos deste ano. Provavelmente a geladeira de casa não vai só trabalhar para esfriar as coisas, mas também para secar sapatos e afins – sendo humana, pode ser que não agüente o trampo. Reforcem a dose de vitamina C e dêem uma passadinha no circuito, ainda vazio e aberto ao trânsito, para garantir que existem pontos estratégicos que garantam o abrigo, mas não levem sombrinhas. Baianos bons e rivais do frevo que somos, certamente não queremos fazer a propaganda involuntária. Garanta o desodorante e leve um de sobra não só para você, mas também para as vinte pessoas que disputam o espaço de um metro quadrado no abrigo de ônibus durante a chuva. Acredite: você vai quer que eles fiquem cheirosinhos. Leve a maracujina, porque a implacável lei de Murphy diz que nesse mesmo abrigo há de haver uma goteira na sua cabeça. Você provavelmente terá de manter a calma, principalmente se houver uma mão boba percorrendo sua pele encharcada.
Improvise a fantasia. Esqueça os panos mais pesados e a pupurina no corpo. Você não vai querer andar deixando um rastro luminoso por onde passa. Aos mais vaidosos, nada de gel. Travas, maquiagem só das boas, ‘das de mergulhador’, como diz um amigo. Daniela la Mercury, reforça o telhado, nega, que Santa Bárbara promete. Lembrem-se os mais afortunados que até as pipocas enclausuradas em camarotes de luxo estão sujeitas, como prova a história recente do carnaval baiano, às intempéries. Tetos inteiros de lona que voam como plumas e chuva de açoite são mais que comuns.

Tomadas todas as precauções, está tudo bem. É aceitar com um sorriso a limpeza compulsória da cidade – sim, porque nesse carnaval não haverá cheiro de xixi nas ruas - e pular bastante, que folião que não pula na chuva resfria no dia seguinte. E se o sol sair, rezar pra bater aquela chuva de um minuto, que molha somente o suficiente para enxugar depois, que molha só pra resfriar o corpo, apartar a briga, limpar o asfalto quente. Chuva vinda dos céus na medida certa. Uma lágrima poderosa pedindo pra virar alegria, pois faça chuva ou faça sol, São Pedro, amanhã é dia.