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sexta-feira, 16 de junho de 2006

[a antonio]

Eu tive a oportunidade, nas últimas semanas, de presenciar dois rituais relevantes no Candomblé e na Igreja Católica. Deparando-me com as diferenças, em tão pouco espaço de tempo, pude apreciá-las, à distância, como bom observador que procuro ser. Ontem fui ao encerramento de uma trezena de Sto. Antonio e há umas três semanas à saída de santo de um amigo. Dois rituais extensos, dois rituais de fé extrema, cansativos para quem é de fora, mas para ser degustado a cada fio pelos participantes fervorosos. No ar, em ambos, uma energia tão poderosa que poderia ser cortada com uma faca afiada.

No Candomblé, a sala era quase do tamanho do meu quarto, ou de uma sala de aula do UEC, onde cabem 12 pessoas. Os filhos e filhas-de-santo – estas últimas com suas saias rodadas de diâmetros imensos – dançavam ao redor do fogo da vela e por milagre – só assim posso explicar – não se queimavam. No ritual católico, era uma casa de mais de 200 anos. Piso de madeira, pé direito altíssimo, altar (ver foto) decorado para o santo. Os presentes – como no candomblé, de todas idades – cantavam fervorosamente as canções e entoavam as rezas em fervor ao santo casamenteiro.

No terreiro, as oferendas eram atiradas na rua. No ritual de Antonio, elas eram disfarçadas numa comedeira sem fim ao final da festa. Nos dois espaços, a fé. Nos dois espaços, rituais imbricados, fé sincretizada, coração pedindo paz, proteção. Nos dois a minha certeza de que é a fé que nos move, de alguma maneira. Nos dois, um balanço final de que eu, por não pertencer a nenhuma religião, às vezes me perco na minha fé. Sei do lado bom disso tudo – a minha liberdade -, mas sei também que os rituais são um atalho para um contato mais profundo e contínuo com Deus. Seja qual for a religião, seja qual for o caminho.
(novas fotos no Lambe-lambe)