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sábado, 10 de dezembro de 2005

[rios de riso]

Rio rios de riso aqui, ali, lá mesmo, onde brotam os gritinhos abafados e as gargalhadas estridentes que dizem nada, apenas que sei mostrar ao mundo o quanto eu tenho andado com dor na barriga de tanto abrir os dentes. Tenho amigos especiais, com quem rio só de olhar, a mesa inteira séria e só nós dois rimos, porque o rio, digo o riso, é só nosso. Tenho amigos que rio pelo MSN mesmo, coloco um erre e um esse e sai um riso. Não um rio, mas uma gota de riso. Gargalhada virtual ainda não foi inventada. Riso eletrônico não é rio, é gota. Tem amigos com quem não rio, apenas só-rrio, esse rio que não é gota, mas fio de água tímido rumo ao mar. Com esses amigos não falta felicidade, é que nem sempre para estar feliz é preciso que a barriga doa de tanto se estremecer em risos. Há os amigos que você corre para contar uma piada. Riso em dupla é riso garantido. E há os amigos que você corre, conta a piada, mas não sai nem uma gota. Levei minha mãe para ver ‘A Bofetada’ e ela não riu nem uma gota. Entediou-se na poltrona, quase roncou. Esses risos minha mãe não ri. Há os risos que acordam gente, há os risos que incomodam, é que a alegria do riso arde de dor quem não está aberto para a vida. Um dia me disseram, e eu escrevi aqui, que minha felicidade incomodava. E digo mais, adoro incomodar. Quando me junto com Tom, então, somos o tom certo do incômodo sem fim, porque a gente ri do que ninguém mais ri. Aline é amiga para rir rios inteiros e, como Tom, é amiga para chorar rios inteiros também. Poucos são os amigos que combinam com você no riso e no choro. Aline, Tom e Neto são desses.

Tem gente que sai ‘pra dar umas risadas’. Tem gente que precisa beber para rir. Gente que ri de quem bebe, gente que não controla o riso, e tem gente que se controla só para não dar o braço a torcer. Tem gente que ao invés de abrir a janela abre um sorriso e ilumina o quarto. Tem gente que sorri sem os dentes, gente que usa o sorriso como arma, é só abrir os dentes e consegue um beijo. Tem casal que ri e beija, que beija e depois ri. Tem casal que solta gargalhadas depois do gozo, e tem cientista que diz que a gargalhada já é um gozo. Esses cientistas riem para reproduzir. Tem gente que ri sem fazer barulho e tem amigo sensível que sabe do riso, lá do outro lado da linha, mesmo sem ouvir o estalar dos dentes. Tem criança que vive rindo. Meu amigo Hoffes já tem um sorriso desenhado na cara. Tem gente que ri de si mesmo, e se dá a resposta com leveza. Tem gente que não ri de nada, e enche a vida de interrogações. Minha prima Dodô chegou aos 60 sem uma ruga na cara. Ela ria sem gestos. Medo dos pés-de-galinha.
Tem gente com mil rugas bem vividas, mas que em compensação nunca evitou um sorriso.
Tem eu, tem você e sempre vai ter, graças a Deus, um vizinho invadindo a noite e tirando o nosso sono com uma gargalhada estridente. Sempre haverá um sorriso-fafá-de-belém, sempre haverá o smiley, a amiga que cai da cadeira de tanto rir, o amigo que nunca ri porque não entende a piada, o amigo que ri sozinho, o contágio. Vai ter sempre um dentista às suas ordens, pode ter certeza. Matéria-prima para o riso, eu creio, nunca vai faltar.