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quinta-feira, 8 de dezembro de 2005

[procon estendido (e quem sabe entendido)]

Já me disseram uma vez, e acredito, que o encontro entre duas pessoas e o relacionamento entre elas tem um prazo de validade. Prazo muitas vezes durável por uma encarnação inteira, muitas outras efêmero como um olhar. Mas todas as relações, sem exceção, têm um prazo de validade, e ainda digo que este prazo se expira no momento exato em que estas almas conseguem atingir um certo patamar evolutivo, através da troca que realizam entre si. Não se expira o amor que as uniu, expiram-se os papéis que um dia assumiram, e que agora se revezam em outros papéis mais significativos e úteis no momento. Há sempre o que dar e há sempre o que receber, e sempre haverá. Não te encontrei a toa, tenho muito o que entender por este teu olhar cheio de expressões que rodeiam a tua pupila, tenho muito que aprender com essa estranha forma de gritar o mundo que tens quando lanças essa voz em vibração, ecoando nos meus ouvidos tuas palavras enraivecidas, não pelo que fiz, te disse ou pensei de ti, mas pelo que te fez o mundo , essa voz que é o disfarce último do teu (do nosso) medo da vida. Tu também tens muito o que aprender com essa calma disfarçada em mim, essa vontade louca de pular cercas de arames farpados e me ferir inteiro, deixando rastros do meu sangue pelo caminho onde cruzam os meus pés. Ainda tens muito o que aprender sobre esse resto inteiro de mim que dizes, jocoso, que deveria ir para o lixo, mas que sei que queres mesmo é ver alojado nas tuas partes afins. De um lado ponho areia no teu pote. Tu, daí, pões areia no meu. Quando o nível se igualar, daqui a um ano, um mês, quiçá um século, diremos adeus um ao outro, ainda sem entender exatamente as razões da separação, mas com cargas isonômicas e alegrias iguais alojadas, febris, no peito.
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Às vezes é preciso arriscar, fingir-se de cego, fazer vistas grossas, fingir que não se ouve nem se vê, pois o controle excessivo por si mesmo, pelo outro e pelas circunstâncias que nos cercam podem limitar a nossa existência. Não se pode provar uma fruta se não se crê na semente que apodrece, não se pode dormir para acordar amanhã se não há uma fé que nos dá o sono bom, não há como ganhar se não se arrisca a perda, não há vida fluindo se não há fé. Fé no outro, no melhor do outro, mesmo que esse outro se disfarce em ironias e gestos secos, mesmo que esse outro se esconda na carapuça do medo, mesmo que esse outro mostre, na capa, o perigo. Mesmo com tudo isso, é preciso arriscar, mas apenas se é possível ver um olhar que denota um fundo falso, onde se esconde um amor repreendido - quase arrependido de um medo de mostrar-se inteiro - disfarçado em risos soltos. É preciso acreditar em nós mesmos e no outro, pois é assim que investimos na nossa própria capacidade e possibilidade de amar. Fé e amor andam juntos.
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