[pequeno concerto do tempo que passa (os dedos nas cordas do violino)]
O tempo passa. Obviamente, o tempo, assim como o vento, passa. Mesmo que peçamos que não, que seguremos os minutos, que cubramos os ouvidos para que não cheguem até eles o eterno tic-tac, o tempo passa. Passa mesmo que diga que sim, e se pedimos que passe logo, por favor, que não agüento mais a dor, mesmo assim ele só passa. Na lentidão de sempre, nessa vontade eterna de se movimentar, o tempo passa sempre assim: em segundos, minutos e depois em horas, dias, meses, anos e séculos. Milimetricamente calculado, eternamente nos mesmos goles, ele p a s s a ... Ignora ele os pedidos de que fique ou de que se vá em breve e passa, nos passa, nos repassa a limpo e nunca se vai, apesar de passar a eternidade no momento eterno da sua própria, onipotente e sempre presente e depois ausente passagem.
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Há muito devo esse agradecimento ao cara querido do Generic Words que um dia me inspirou a colocar imagens em meus posts e sempre tem uma indicação muito legal de imagens na net. Como ele é politicamente correto e sempre coloca a referência ( o que eu nem sou nem faço), não resisto e sempre roubo uma ou outra imagem que ele indica. Dessa vez, dou a referência dessa linda imagem que ilustra esse post.