<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







segunda-feira, 5 de dezembro de 2005

[de como creio]

Não acredito em você, não acredito nessa muralha nem nessas flores à minha frente, não acredito em suas palavras velhas e verdadeiras, não acredito nisso que vejo, nem tão pouco nisso que não vejo, não acredito nessa luz, nesse céu, nesse mar monstruoso, não acredito em amor à primeira vista, só acredito nisso que me faz feliz e que faz o meu coração bater como em doença de taquicardia, das mais sérias, que podem causar infartos fulminantes a cada minuto, a cada instante (só acredito na morte se ela me permite ressurreições espontâneas a cada minuto que me desfaço). Só acredito se de meus olhos flamejam uma verdade que é mina de ouro, que vem só de mim mesmo e que me constrói em muros fortes uma parede de cristal, por onde vejo crianças que eu fui brincando em desespero porque o sol já vai caindo e é hora de tomar banho e agora só amanhã. Acredito somente no que me faz espernear e dizer, mamãe, deixa eu brincar mais um pouco, sem sol mesmo, porque a minha paixão é tanta. Só acredito se tenho vontade de arriscar-me nos perigos do mundo: beijo em estacionamento, desliga a máquina e desce na banguela, arranca e leva todos os meus dentes. E até em mim só creio mesmo quando me olho no espelho e vejo os olhos que me amam em reflexos de clareza. É que até a mim mesmo só resta a crença provada pelos sentidos todos.

Só acredito em mim, quando estou triste e olho-me no espelho e me vejo sorrindo.
:::
(nessas flores lindas pintadas por Diego Rivera eu acredito)