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quinta-feira, 11 de agosto de 2005

Lendo

Desde 1999, quando coloquei meus olhos em “A Casa dos Budas Ditosos”, de João Ubaldo Ribeiro, não paro de ler. Desde então, tenho sempre um livro em mãos e, por isso, tenho sempre como responder – dizendo a verdade – a clássica pergunta: “O que você está lendo?”. Resposta na ponta da língua.

Sou um apaixonado por páginas enumeradas, escritas e encadernadas. Sou do tipo que compra livros, primeiro, pelo prazer táctil – curto tocá-los, folheá-los, mas acima de tudo, tê-los e obviamente lê-los. Adoro estar em livrarias e escarafunchar cada centímetro de cada estante, e ainda mais sair de lá com uma pilha de livros. É nessa hora que se misturam o consumidor compulsivo e o geminiano-metido-a-querer-saber-tudo. Levo-os para casa – quase sempre é impossível resistir – e sei, diante mão, que alguns deles ficarão na estante esperando a hora certa de serem devorados.

Gosto de ler, mas não leio qualquer coisa – pelo menos em situações normais, não falo aqui daquele momento terrível que, para curar a abstinência, lê-se até bula de remédio. Abomino autores sem estilo, historinhas piegas – me desculpem os amantes de Zíbia Gasparetto, mas aí está uma autora que não entra. Apesar de ser um adepto da doutrina espírita, não consigo ler os livros psicografados por ela. Gosto mesmo é de ler Saramago e aqueles períodos loooongos, que geralmente pedem um retorno à primeira palavra, num trabalho quase artesanal, gosto de Clarice e sua introspecção, o autodescobrir-se em cada letra, em cada palavra, gosto de João Ubaldo e sua crítica ferrenha, ácida, inteligente.

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É preciso, também, respeitar a natureza dos livros. Eles não foram feitos para parar nas estantes, mas para rodopiar e encontrar o maior número possível de olhos. Livros foram feitos para serem lidos e não para morar e mofar em estantes. Empreste seus livros – eles pertencem ao mundo. Guardá-los e esquecê-los em estantes é egoísmo puro, além de ser uma maldade com eles. No entanto, é óbvio que existem aqueles livros que a gente não empresta nunca, não por egoísmo, mas porque são nossos gurus, os mestres que procuramos nas horas aflitas em que precisamos de uma palavra exata.

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Foi somente em 1999, aos 25 anos, que eu comecei a construir a minha carreira de leitor: e tudo começou com um livro – que menciono acima – muito bom, que me ‘pegou’. Me pegou de tal forma, que fui emendando um livro após o outro, e hoje já contabilizo muitos livros lidos. Quando esse hábito chega, é difícil ficar sem ler. Estar sem um ‘livro em mãos’, estar longe do universo mágico de alguma história, é o mesmo que estar despido. Ultimamente, por força do mestrado, tenho me dedicado à leitura de livros teóricos – que também têm seu charme – e, por isso, ainda tento terminar de ler, aos trancos e barrancos, “Ensaio sobre a lucidez”, de Saramago.


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Esse post, como diz
Jorginho, é uma ‘chupada’ de um texto em que Johnny levanta estas questões da leitura. Achei interessante entrar nessa corrente de reflexão a respeito do ato de ler. Se você se interessou pelo assunto, vá lá nos blogs deles, leia os posts e comente. Aproveitando que eu já estou me inspirando em Johnny mesmo, diga aí qual o livro que você anda lendo ou qual o último que você leu.

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E como cultura não se aprende só com os livros, o final de semana promete. Vou assistir: “A rosa púrpura do Cairo”, “Tiros na Broadway”, ambos de Woody Allen, “Cidade das Mulheres” de Fellini, “A excêntrica família de Antonia” e “A Noviça Rebelde”. Alguns já assisti, outros vou rever. Alguém aí topa uma sessãozinha de clássicos?