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quarta-feira, 1 de dezembro de 2004

Dar-se

Vejam o e-mail que a Ladra do Bem me enviou:

Leo,

Quando vc tiver um tempo, vontade, desejo, inspiração e puder, gostaria que vc escrevesse sobre dois temas, pois gostaria muito de saber o que você pensa sobre o assunto. Um é sobre a CARIDADE....muitas pessoas acham que fazer caridade depende de época (Natal, por exemplo), outras acham que o simples fato de distribuir alimentos é caridade. Eu também acho, mas não acho que é só isso. Na verdade quando eu estou lá distribuindo a sopa, estou fazendo caridade sim, mas quem fez a maior caridade foi quem preparou a sopa. Acho ainda que quando fazemos caridade a alguém o maior beneficiado somos nós mesmos, os outros se beneficiam dela. A maior caridade é aquela que fazemos de coração, é parar para ouvir o outro, é vc dar atenção, carinho, ou seja, é você se doar. São assuntos complexos, eu sei...mas como o que vc escreve nos leva muito a reflexão...gostaria muito de saber o que vc pensa sobre.

Xeros - Ró

Ladra, você pede que eu fale aqui sobre caridade e você mesma já disse com muita sapiência muito que tem a ser dito. Só tenho a acrescentar, concordando com você em algumas coisas que eu considero fundamentais. Primeiro, que caridade de verdade é incondicional, é aquela que a gente faz e sente-se bem simplesmente por ter feito e não porque ‘favoreceu’ alguém ou fez alguém sorrir. Pode parecer egocêntrica ou até polêmica essa minha colocação, mas parto do seguinte pressuposto: só dá quem tem; o grande barato da caridade é que quando você dá, você descobre que tem pra dar. Isso te favorece na medida em que essa conscientização é um recado direto ao seu inconsciente do potencial que existe armazenado no seu ser. Obviamente que a caridade é uma via de mão dupla, a pessoa que recebe é gratificada, mas quem dá recebe muito mais. Recebe mais, porque o que vem em retorno é em forma de autoconhecimento, de entendimento das suas potencialidades. É o primeiro passo para a realização pessoal, cujo tripé se apóia na seguinte ordem: eu sou, eu faço, eu tenho (sou feliz, ajo como uma pessoa feliz e tenho, como conseqüência, as coisas que pessoas de fato felizes têm) e não eu tenho, eu faço, eu sou (tenho algo, ajo com felicidade e por isso sou feliz). Esse é o padrão que a maioria de nós acredita que funciona. Mas é o primeiro, e não o último, que de fato traz a felicidade e o bem-estar. E onde entra a caridade nisso tudo? No autoconhecimento. Quando você dá e descobre que já tem, você se descobre completo e feliz, e o último passo, que é o ‘ter’, já se completa num ciclo harmonioso.

Minha mãe sempre me diz que eu tenho de ser mais caridoso, dividir mais as coisas que eu tenho. Eu sempre respondo para ela que eu dou muito do que eu tenho - ela também, e todos nós - , mas não na forma de dinheiro ou de sopa, ou de roupas. Isso eu faço também- admito que tenho feito pouco - , e acredito que é necessário, principalmente porque estamos cercados de pobreza por todos os lados e temos de dividir. Eu não concordo apenas com o fato de que caridade seja só isso. Caridade também é um abraço que você dá num amigo que está precisando, é conter-se na hora de julgar o outro, é um comentário elogioso que você faz a um aluno com auto-estima lá embaixo, uma carona que você dá a uma pessoa na chuva, uma gentileza no trânsito. Isso também é caridade, é fácil de ser feita, é gratificante para você e para o outro. É a tal da gentileza, de que tanto falamos aqui.
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Muitas idéias deste post estão na série de livros "Conversando com Deus", de Neale Donald Walsh, leitura que recomendo.
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E por falar em caridade, dêem uma olhada no post logo abaixo.