A conflitante história do bem-te-vi despertador e do homem que sucumbiu à sua ordem.
Despertei hoje, depois de um cochilo vespertino, com um bem-te-vi gritando lá do lado de fora.
“Acorda pra vida Leo”, dizia o bem-te-vi, na sua linguagem de bem-te-vi, que só quem está em estado de leve delírio por estar acordando entende.
Ele gritava de lá, e eu de cá tentava não entender aquele aviso. Revirei na cama, tentando escapar do convite-quase-ordem que aquele pássaro deixava escapar dos bicos.
“Levante-se”, insistia. A vontade foi de levantar, ir até a janela e falar do meu gosto pela liberdade ou de como eu me sentia merecedor daquele sono. Mas aquele bem-te-vi não aceitava argumentações. Foi breve no seu grito, foi fiel na sua insistência, foi mestre da sua crença. E eu, que sempre fui tão dono dos meus sentidos e ainda mais dos meus direitos, baixei a cabeça e sucumbi ao poder do pássaro. Levantei-me, retomei o trem da tarde, abri os olhos e encarei o resto da terça-feira. Essa vida de blogueiro tem me deixado delirante.
“Acorda pra vida Leo”, dizia o bem-te-vi, na sua linguagem de bem-te-vi, que só quem está em estado de leve delírio por estar acordando entende.
Ele gritava de lá, e eu de cá tentava não entender aquele aviso. Revirei na cama, tentando escapar do convite-quase-ordem que aquele pássaro deixava escapar dos bicos.
“Levante-se”, insistia. A vontade foi de levantar, ir até a janela e falar do meu gosto pela liberdade ou de como eu me sentia merecedor daquele sono. Mas aquele bem-te-vi não aceitava argumentações. Foi breve no seu grito, foi fiel na sua insistência, foi mestre da sua crença. E eu, que sempre fui tão dono dos meus sentidos e ainda mais dos meus direitos, baixei a cabeça e sucumbi ao poder do pássaro. Levantei-me, retomei o trem da tarde, abri os olhos e encarei o resto da terça-feira. Essa vida de blogueiro tem me deixado delirante.