O que é cada coisa aqui (ou de como se tenta mensurar uma nuvem)
O que é o Diário Evolutivo
Este é um Blog em transmutação. Nas páginas deste diário estão os passos de alguém que não pára no tempo. Eu não sou o que escrevi ontem, aquela idéia já foi transposta, ela nega a minha eternidade, aquilo foi um sopro no tempo, uma captação de um instante que passou. Nego-me a aceitar a verdade que tentam me impor: a de que devo responder pelo que um dia fiz, pelo que um dia disse, pelo que um dia eu fui. A minha responsabilidade é com o presente, essa matéria quente e úmida, palpável, emergente nos instantes que eu vivo. Não me venham cobrar posições, diálogos, esperanças. Não tenho memória. Reduzo-me a esta linha que te escrevo. Sou fugidio e arisco. Um cavalo selvagem sem rédeas, uma água-viva à deriva, um plâncton em mar aberto. Sou feito em pedaços, e dessa separação aparente teço os meus segredos. Sou uma aranha que espera o próximo espanador. Não tente costurar-me como quem faz uma colcha de retalhos. O resultado será inútil. Sou inútil na medida mesmo em que você tenta possuir-me por inteiro. Esses escritos evoluem junto comigo e por isso nada que eles dizem pode ser tomado como verdade absoluta, eles só existem no espaço-tempo criado por você. O diário que escrevo é relativo, absurdo, inconstante, impalpável, evolutivo.
Quem é Leo
Não sou o que você pensa que eu sou, essa é a primeira coisa que devo te avisar sobre mim. Eu sou o que eu penso que sou. Muitas vezes penso uma coisa e sou outra, mas isso por si só já expressa algo de mim - quem não comete desses enganos? Realizo-me no aqui e agora, no presente, e dele retiro forças. É querer demais de mim, geminiano e inconstante que sou, me ver preso numa definição em linhas virtuais. Não acredito em definições. Acredito em estatutos passageiros, relativos. Acredito no que estou sendo agora e não no que eu sou e muito menos no que você quer que eu seja. Diante disso, resta a você e a mim a idealização. Idealize-me, pois é isso que faço comigo mesmo. Junte tudo que conhece do mundo, tudo mesmo, sem piedades, junte a eles uma foto minha, o melhor e pior do que eu escrevo; se você conversa comigo, acrescente meu tom de voz, minhas palavras, ajunte, a depender do grau de idealização que planeja obter no resultado, uma pitada de preconceitos, gratidão, respeito, otimismo e ilusões, cubra de pensamentos infantis (serve o pensamento de qualquer criança), acrescente pétalas da minha flor favorita (tulipa), regue por três dias - use água da chuva, eu adoro a chuva - e observe pacientemente o que se forma. Depois me diga. O resultado é o que eu serei pra você: apenas uma variável, pois sua receita pra me conhecer é feita de instabilidades apenas. Mas não te engano: eu sou uma variável. De constante em mim, só a crença no Amor e na Vida.
Este é um Blog em transmutação. Nas páginas deste diário estão os passos de alguém que não pára no tempo. Eu não sou o que escrevi ontem, aquela idéia já foi transposta, ela nega a minha eternidade, aquilo foi um sopro no tempo, uma captação de um instante que passou. Nego-me a aceitar a verdade que tentam me impor: a de que devo responder pelo que um dia fiz, pelo que um dia disse, pelo que um dia eu fui. A minha responsabilidade é com o presente, essa matéria quente e úmida, palpável, emergente nos instantes que eu vivo. Não me venham cobrar posições, diálogos, esperanças. Não tenho memória. Reduzo-me a esta linha que te escrevo. Sou fugidio e arisco. Um cavalo selvagem sem rédeas, uma água-viva à deriva, um plâncton em mar aberto. Sou feito em pedaços, e dessa separação aparente teço os meus segredos. Sou uma aranha que espera o próximo espanador. Não tente costurar-me como quem faz uma colcha de retalhos. O resultado será inútil. Sou inútil na medida mesmo em que você tenta possuir-me por inteiro. Esses escritos evoluem junto comigo e por isso nada que eles dizem pode ser tomado como verdade absoluta, eles só existem no espaço-tempo criado por você. O diário que escrevo é relativo, absurdo, inconstante, impalpável, evolutivo.
Quem é Leo
Não sou o que você pensa que eu sou, essa é a primeira coisa que devo te avisar sobre mim. Eu sou o que eu penso que sou. Muitas vezes penso uma coisa e sou outra, mas isso por si só já expressa algo de mim - quem não comete desses enganos? Realizo-me no aqui e agora, no presente, e dele retiro forças. É querer demais de mim, geminiano e inconstante que sou, me ver preso numa definição em linhas virtuais. Não acredito em definições. Acredito em estatutos passageiros, relativos. Acredito no que estou sendo agora e não no que eu sou e muito menos no que você quer que eu seja. Diante disso, resta a você e a mim a idealização. Idealize-me, pois é isso que faço comigo mesmo. Junte tudo que conhece do mundo, tudo mesmo, sem piedades, junte a eles uma foto minha, o melhor e pior do que eu escrevo; se você conversa comigo, acrescente meu tom de voz, minhas palavras, ajunte, a depender do grau de idealização que planeja obter no resultado, uma pitada de preconceitos, gratidão, respeito, otimismo e ilusões, cubra de pensamentos infantis (serve o pensamento de qualquer criança), acrescente pétalas da minha flor favorita (tulipa), regue por três dias - use água da chuva, eu adoro a chuva - e observe pacientemente o que se forma. Depois me diga. O resultado é o que eu serei pra você: apenas uma variável, pois sua receita pra me conhecer é feita de instabilidades apenas. Mas não te engano: eu sou uma variável. De constante em mim, só a crença no Amor e na Vida.