<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







sexta-feira, 21 de outubro de 2005

[o sonho que anunciava o fim]

Hoje sonhei que eu havia escrito esse blog inteiro. Não que eu houvesse escrito durante um ano e semanas e um belo dia tivesse desistido dele: era o seu próprio fim que eu sonhava. Sonhei com o fim dos meus dias, se é que me entendem.

Eram todos posts pequenos, de quem passou a vida em pequenas gotas insossas, era um sonho de vida que passou e deixou pequenos textos já lidos por todos, sem nenhuma novidade. Os textos diziam algo repetido, era como se tivessem copiado e colado todos eles e apressado o fim dos dias. Não teria havido evolução, apenas control c, control v. A repetição dos dias, o inverso do que é esse blog, o inverso do que é a evolução que pretendemos todos para as nossas vidas.

O sonho era um alerta, era meu inconsciente contando-me das minhas repetições e da necessidade do novo: aliás, a minha alma era quem dizia, eu sou abastada, eu que dou a ti a riqueza das tuas horas, e meu inconsciente, de mãos dadas com ela, punha uma tinta horrorosa na repetição que se fazia ali. A tinta cobria a tela inteira, como que cobrando a retomada da variação, do inusitado, dos temperamentos e das calmas, alternando-se em milagres cotidianos.

Um eu meu que morava no sonho – o suposto agente repetidor, o que apenas clonava os dias – debatia-se em fúria quando via a tinta que escorria, a tinta lançada pelo polvo de oito patas, a minha alma que tudo alcança. O outro eu observava distante, ávido pela história completa, o repórter dos acontecimentos irreais. Esse repórter, outro eu como já disse, via de longe como quem vê um filme, e repetia para si mesmo, isso vai dar um belo post, daqueles que dizem muito. Basta acordar e lembrar, copiar daqui e colar lá, e ainda pedir ajuda à imaginação que rebusco estas alucinações até transformá-las em conto surreal.

Morreu o repetidor, ficou o polvo, acordou o menino que tudo sonha, lembrou o repórter do sonho, fincou-se o sonho na realidade. Você leu, refez o sonho pelos seus sentidos e agora estou aqui, relendo o sonho, revisitando o velho e angustiante sonho, descobrindo-me nele, sonhando-me comigo mesmo, criando um novo post já velho, exorcizando a rotina, o eu repetidor, o que vê a mesma hora a qualquer hora porque o relógio há muito só marca o mesmo de sempre e ele sabe e mesmo assim nunca vai ao homem-que-move-ou-remove-os-ponteiros-que marcam-o-tempo.