[diálogo para sair das trevas]
Já são mortas todas as horas
Tu, que és do futuro,
Ainda padeces na secura
Dos teus ontens...
Pois saia então deste canto bolorento
E vem pra fora, o mundo do futuro,
Aqui não há lembranças
Nem saudades
Aqui é o tic-tac das horas, ele mesmo,
Que te dá alento.
Deste alento eu sei que preciso
Já que o tempo em que vivo
Cheio de cores mortas e velhas de falas tortas
Que não dizem mais nada
Já não me servem, eu sei.
(estas frases já há tanto tempo acabadas...)
Pois termina aqui este torpor de anos
Recolhendo-se ao sol que queima a retina
Que se põe de fora
É esse o momento.
Acredite:
É essa a hora.
(...)
(Pôs-se pra fora
sem temor da vida,
mas morreu ao sol
pois a vida que lhe restava
sob a luz do astro
parecia-lhe ainda mais doída.)
Tu, que és do futuro,
Ainda padeces na secura
Dos teus ontens...
Pois saia então deste canto bolorento
E vem pra fora, o mundo do futuro,
Aqui não há lembranças
Nem saudades
Aqui é o tic-tac das horas, ele mesmo,
Que te dá alento.
Deste alento eu sei que preciso
Já que o tempo em que vivo
Cheio de cores mortas e velhas de falas tortas
Que não dizem mais nada
Já não me servem, eu sei.
(estas frases já há tanto tempo acabadas...)
Pois termina aqui este torpor de anos
Recolhendo-se ao sol que queima a retina
Que se põe de fora
É esse o momento.
Acredite:
É essa a hora.
(...)
(Pôs-se pra fora
sem temor da vida,
mas morreu ao sol
pois a vida que lhe restava
sob a luz do astro
parecia-lhe ainda mais doída.)