<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







quarta-feira, 19 de outubro de 2005

[janus fala]

Se Janus ainda fala das velhas dores não é fato mesmo que ele ainda tenha estas dores dentro de si. Janus ainda tem um resquício de passado, sim, mas uma porção enorme de futuro daqueles que arrepiam só de pensar no tanto de felicidade que lhe aguarda. Janus entende a tristeza, mas ele não quer entrar na tristeza, ele entende o velho sonho, mas o transforma em pesadelo que lhe faz erguer a espada. Janus observa a tristeza e apreende dela os significados. O que há dentro de Janus hoje são apenas velhos e arcaicos sentidos, ou “velhas de falas tortas que não dizem mais nada”. Ou quase nada.

Vamos dizer que elas apenas balbuciam velhos sons que Janus expulsa, a milímetros, a cada dia e a cada instante de que são feitos os dias. Janus procura entender o passado, mas o rejeita veementemente, vê o futuro, mas o rejeita igualmente, porque Janus tem sede de agora, de respiração. Janus não respira no passado, nem no futuro. Janus respira do passado e do futuro, porque Janus não quer falsos e velhos ares, não quer respirar o hálito das velhas tortas, mas o hálito que emana dessas bocas que lhe cruzam agora, nesse mesmo instante.

Para Janus, o segredo da transitoriedade é sabê-la inexistente. Quando a vida é somente agora, entende-se que nada passa, nada foi, nada será. Tudo é.