[meu sotaque]
É muito bom sair do cinema e descobrir-se ainda dentro do filme. Nossa experiência de brasileiro é de ver filmes que em nada retratam uma realidade concreta nossa. Ou o filme é estrangeiro mesmo ou é brasileiro, mas estrangeiro na metáfora. Quase nunca nós, baianos, nos enxergamos ali na tela, quase nunca nos ouvimos, quase nunca vemos aquela rua por onde passamos sempre, ou aquela paisagem com a qual já estamos tão acostumados.
Para mim, que tenho 31 anos, nunca tinha tido antes a experência de me ver na telona com tanta realidade. E no meu caso, em especial, por ser brasileiro, baiano, nascido, criado e morador da Cidade Baixa, esse filme sem dúvida tem um quê bastante especial.
Para ser assitido, admirado e degustado. Baianidade pura. Na essência.
Na foto, Wagner Moura, Alice Braga e Lázaro Ramos. O filme, sem dúvida é do primeiro. Quem é baiano sabe.