[mas é só uma vela]
“Ao distanciar-me, me aproximo mais ainda de mim mesmo. Quando crio incerteza, mergulho num infinito de possibilidades. Hoje é o meu primeiro post. Nem sei se levarei isso em frente, essa é uma das minhas incertezas...” ( Diário Evolutivo, 08/10/2004)
Pois se há os dias que passam, há um, dois, três, mil posts até. A cada dia, a cada hora, a cada minuto, um sentimento. Um azul, outro verde, outro amarelo, outro com cores tão estranhas que dão medo, outro incolor, quase sem vida. Há um computador, um programa chamado Word e há o blogspot, há você que lê e eu que escrevo, você que depois escreve e eu que depois leio. Ai há a vida lá fora, eu andando solto por aí e olhando o mundo de uma maneira e de outra, um significado ali, outro aqui, uma dor em mim e outra acolá, um amor que vem e outro que vai. Um cheiro, um som, e tudo depois tem de virar letra grudada uma na outra, tem de virar texto na medida em que eu vou apertando esses botõezinhos à minha frente. Vão passando os dias e a cada virada no calendário isso aqui vai enchendo e esvaziando feito pulmão. Muita gente vem e fica, outras vêm e não ficam e outras caem aqui acidentalmente perguntando que língua é essa que esse homem fala. Esses são os japoneses, ou até mesmo um de nós – me incluo – que lêem, mas não vêem nada. (quantas vezes nem eu mesmo me entendo o sentido?). Aí depois elas – as letrinhas - vão descendo, descendo e desaparecendo.
Pois se há os dias que passam, há um, dois, três, mil posts até. A cada dia, a cada hora, a cada minuto, um sentimento. Um azul, outro verde, outro amarelo, outro com cores tão estranhas que dão medo, outro incolor, quase sem vida. Há um computador, um programa chamado Word e há o blogspot, há você que lê e eu que escrevo, você que depois escreve e eu que depois leio. Ai há a vida lá fora, eu andando solto por aí e olhando o mundo de uma maneira e de outra, um significado ali, outro aqui, uma dor em mim e outra acolá, um amor que vem e outro que vai. Um cheiro, um som, e tudo depois tem de virar letra grudada uma na outra, tem de virar texto na medida em que eu vou apertando esses botõezinhos à minha frente. Vão passando os dias e a cada virada no calendário isso aqui vai enchendo e esvaziando feito pulmão. Muita gente vem e fica, outras vêm e não ficam e outras caem aqui acidentalmente perguntando que língua é essa que esse homem fala. Esses são os japoneses, ou até mesmo um de nós – me incluo – que lêem, mas não vêem nada. (quantas vezes nem eu mesmo me entendo o sentido?). Aí depois elas – as letrinhas - vão descendo, descendo e desaparecendo.
Um belo dia, você clica ali onde moram os mortos e se depara com cheiros, dores, medos e felicidades antigos, que nem mais lembrava, e vê que passam-se anos, passam-se horas, passam-se posts inteiros e a gente vai descobrindo que evolui, que a vida é na realidade um grande diário evolutivo onde escrevemos impressões que serão transformadas, revistas e refeitas junto com nós mesmos a cada instante. Descobre-se então que tudo passa, descobre até mesmo que já se passou um ano, já passamos nós mesmos, tão antigos que éramos em outubro de dois mil e quatro.
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Já sabe onde vamos comemorar? Olha aqui. (aos amigos de outros estados, fica meu cheiro e a vontade de comemorar com vocês também. Obrigado a todos pelo carinho)