<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://draft.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

Remind me


Por favor, me lembrem de que neste ano eu tenho mais é que relaxar, mas não posso esquecer que tenho uma dissertação inteirinha para escrever, lembrem-me também que nada vale a paz que sinto aqui, ou o sono bom que tenho logo que encosto no travesseiro essa minha cabeça às vezes oca, às vezes fervilhante, não esqueçam de me avisar a hora de levantar, porque se deixarem, durmo até cansar e querer dormir mais, porque nessas horas são raras as preocupações na cabeça e sei que muitas vezes acabo negligenciando os que não relaxam e não conseguem dormir, só com calmantes. Não posso esquecer também, falando em sonos, que eu devo continuar ajudando os meus amigos que não sabem dormir sem remédio e que dependem de drogas para relaxar numa festa. Esses eu sei que são do bem, mas não descobriram um caminho mais fácil, ou até esqueceram mesmo. Com certeza não vou esquecer de viver sem temer os dias de Carnaval onde a alegria é soberana, especialmente pelas bandas de Salvador. Não vou esquecer de pular e sorrir muito, principalmente porque será um carnaval de companhia adorável, estarei com uma pessoinha linda ao meu lado, que nunca enfrentou uma multidão, mas de mãos dadas comigo vai vencer esses medos. Não posso deixar de lembrar de diminuir essa ansiedade dentro de mim e cultivar pensamentos mais altos, porque como todo mundo, eu caio, e por vezes me sinto dominado por pessimismos bobos, que tento resolver clicando no atalho de acesso rápido à minha Presença Interna, que lhes digo, amigos, me acalma e me põe rapidamente nos eixos com o mundo. Não posso esquecer que todo ano é ano de festa, que na realidade essa coisa de anos é uma ilusão que criamos, e que todo dia vale a pena se reconstruir e se dar inteirinho ao mundo. Vou colocar bilhetinhos que me lembrem que é preciso estar mais próximo das coisas naturais do mundo, é preciso mergulhar em águas profundas sem medo, é preciso observar piabas, matar e comer depois, é preciso fotografar os segundos que nos atropelam, pegar estradas que não terminam nunca, mas que estão aí para serem exploradas, com paradas que valem mesmo pelos mirantes que descortinam paisagens antes nunca vistas. Não posso me descuidar dos amigos, que me abastecem de sonhos e vontades de continuar vivendo mais, me insultam com verdades e mentiras, mas são o termômetro da minha existência no mundo. Preciso lembrar que os amigos mais ingênuos são os que mais têm a me oferecer. Por serem mais simples, não têm a maldade que põe uma venda nos olhos e cobre de pano branco a beleza e a solução das coisas. Preciso ouvir mais música, explorar mais o mundo das notas musicais que tenho esquecido por pura preguiça de ir atrás. Lembrar, meu Deus, de agradecer sempre pelo pão de cada dia, pelo telhado que me cobre a cabeça, pela luz que me arde os olhos logo de manhã, mas que é a mesma - isso eu não posso esquecer - a mesma que abastece uma planta que produz o fruto que ponho à minha mesa. Por favor insistam em me lembrar que um amor se constrói a cada dia, a cada hora e que sonhos se entrecruzam e viram planos com o tempo e que o rio corre sozinho, e que não posso acrescentar-lhe correntezas para torná-lo mais rápido. Não quero nem vou esquecer de que é trabalhando que se constrói uma vida inteira, que não posso deixar pra depois o que dá pra ser feito agora, que não posso renegar o fato de que fui criança um dia e que hoje é minha obrigação ser paciente com as que cruzam o meu caminho, não posso perder da lembrança o fato de que é preciso guardar para o futuro os frutos de hoje e de que, da mesma forma que guardo fotografias para me assegurar de que o passado continuará protegido no futuro, não posso esquecer que devo rasgar as que representam tempos que não quero mais para mim, e recordar que eu quero mesmo é que se auto-destruam pelo tempo, tempo que me faz esquecer coisas, lembrar outras, que me faz escrever essas linhas. E por favor, amigos, estejam por perto - precisamos não deixar que o tempo corroa as nossas esperanças. E não vejo outro remédio para o esquecimento que destrói os sonhos do que os amigos por perto, cochichando-nos nos ouvidos palavras de força e encorajamento.

(Me ausentarei por mais alguns dias, gente. Vou pra o Pré-Caju - Carnaval antecipado de Aracaju - e ainda vou passar uns dias no paraíso. Não sumam.)