Conexões
"Eu escolho o melhor para você, mas, acima de tudo, escolho sua vontade para você. E essa é a medida mais certa do amor.
Quando Eu desejo para você o que você deseja para você, realmente o amo. Quando desejo para você o que Eu desejo para você, estou amando a Mim, através de você.
O amor não escolhe coisa alguma para si mesmo, apenas procura tornar possíveis as escolhas do ser amado"
(Neale Donald Walsh, in Conversando com Deus)
Há muito me convenci que a união entre duas pessoas não pode prescindir de quatro conexões fundamentais:
Conexão 1: mente. A conexão mental vê-se claramente no que falam um para o outro, no quanto entendem-se sem dificuldades, no quanto cada gesto de um passa a ser a previsão do gesto do outro.
Conexão 2: emoção. No olhar está a emoção. A segunda conexão, também chamada conexão anímica, ou das almas, se revela no olhar que não se desvia num temor, mas que prolonga-se num sorriso e num breve fechar de olhos, produzindo instantâneos de mini sonhos.
Conexão 3: corpo. No entrelace e no calor dos corpos, no preenchimento de seus poros pelas extremidades do outro: ali se revela a terceira conexão, que é a mola propulsora das outras duas, a animação terrena, a energia vital, a que produz espasmos e arrepios e lança ao mundo a vibração da ânsia de união com o todo do outro.
Feitas as três conexões, parte-se rumo à quarta, a espiritual, que se revela no relacionar-se consigo mesmo, com o outro e com o mundo em si. A quarta conexão é a mais difícil de ser atingida, porque a ela se opõe o ego, materializado no medo. Para atingi-la, conta-se com o desprovimento total de si mesmo e com a incondicionalidade do amor e no desejo de ver no outro não a razão de sua própria felicidade, mas a felicidade por ela mesma, disponível e abundante a todos que se comprometem com o quarto passo, esse sim, o da fusão total, a do amor verdadeiro.