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quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Educação, família e Marcelos

Lia hoje o “Ponto de Vista” da Veja, escrito, esta semana, por Cláudio Moura de Castro. O assunto - educação - muito me interessa. Ele argumenta a favor de uma participação mais intensa da família na vida escolar de seus filhos, atitude comum em países orientais como a Coréia, onde os pais acompanham de perto o desenvolvimento de suas crianças na escola. Não tenho filhos, mas sei, como professor, da importância da família no processo educativo deles. Essa questão gerou uma discussão em uma das minhas turmas da pós-graduação (no UEC), que, de tão intensa e abrangente - aliás, as nossas discussões são sempre muito boas -, me fez refletir junto com eles sobre o papel do professor neste processo todo que é a educação. Lembrei então de um episódio com um aluno, Marcelo (nome fictício), que já chegou na minha turma com uma fama de problemático, de que falava muito português na sala, que já tinha tido diversos problemas com professores anteriores, etc. Eu ouvia tudo aquilo, lembrando, humildemente, que nesses 12 anos de experiência estou cada vez mais craque em conquistar este tipo de aluno. E as palavras-chave são afetividade, amizade, amor e crença na capacidade que todo mundo tem. Depois de dois meses de aula, posso afirmar que Marcelo é um bom aluno; você sente que existe comprometimento e que o respeito que ele tem por mim não surgiu de uma contestação ou de um choque – surgiu e se estabeleceu simplesmente porque ele foi tratado de igual para igual, de amigo para amigo. Não precisei, em nenhum momento, chamá-lo para uma conversa mais séria. Tentei apenas mostrar pra ele a seriedade do que eu faço e do que eu espero que ele também faça e dei a ele um voto de confiança. Hoje, a turma se surpreende com a desenvoltura dele e sei que isso tudo aconteceu apenas porque escolhemos traçar um caminho harmonioso. Eu escolhi ver o menino de boa índole que existe em Marcelo, escolhi descobrir que caminhos ele preferia percorrer, dei a ele opções e ele, obviamente, agarrou a que mais lhe agradou. Ele teve um professor que de cara se apresentou como aliado e amigo dele. E tem dado certo.

Se os Marcelos - dos quais as salas de aula estão cheias – forem tratados com mais compreensão, de igual pra igual, se o professor entender que eles têm que ser seus aliados e não seus oponentes, talvez o caminho para a família seja facilitado. E mesmo os pais mais distantes se surpreenderão com o filho mais rebelde não só pedindo, mas exigindo que eles desliguem a televisão e o ajudem a preparar aquela apresentação ‘incrível’ sobre Bob Marley que ele fará no curso de inglês amanhã.