<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







terça-feira, 12 de junho de 2007

[meios, fins]


Há o Natal e há o São João. Se me pedem que escolha entre os dois, posso me matar logo ali, na frente de quem fez a perniciosa pergunta. Não há como escolher entre a brisa suave, o inverno enganoso, o cheiro de chuva no ar de junho e o calor escaldante, o céu de um azul que se nega a sair dali, e a praia de mar transparente de dezembro. Não há, para mim, como escolher entre o santo João e o Pai Noel, entre ganhar o meu presente de Natal e o meu presente de aniversário, e acordo nesses dias de inverno na Bahia, onde tudo é mais suave, agradecendo a Deus porque há os extremos, há o meio e o fim de cada ano. Junho, prometendo julho de descanso e dezembro, com sua promessa de janeiro de dias de esquecimento. Agradeço a Deus pela pausa, pelo fim e recomeço de tudo.
:::
Em junho olho para o céu pedindo a chuva, tão escassa esse ano. Sinto-me culpado e até envergonhado quando ela cai e no rádio, poucas horas depois, ouço que há pobres desabrigados ou soterrados. Fico entre o meu prazer egoísta e o sentimento pelos que perdem tudo, quando a água cai forte do céu. Mas só então lembro – e talvez seja apenas nessas horas que a falta de fé nos dá alento – que não é simplesmente porque eu desejei tanto que a chuva caiu. Não sou o único culpado. Mas usufruo do prazer desses pingos caindo lá fora como criança que come chocolate escondido da mãe.
:::
Junho ainda tem o dia 12, hoje, namorados, apaixonados, porto seguro. Se chove no dia 12, então, foi aí que Deus, com sua generosidade, deu até o que nem precisava. É que o dia dos enamorados, por si só, pela sua aura brilhante, já aconchega o coração. E nem há a necessidade de pingos prateados caindo do céu para fazê-lo brilhar ainda mais.