<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







segunda-feira, 10 de julho de 2006

[closer]

Ultimamente venho descobrindo os prazeres da fotografia. Não penso, obviamente, em mudar de profissão, mas me agrada sentir o surgimento de um hobby que pode me render muito prazer. Encanta-me, principalmente a fotografia macro, aquela que a lente chega perto do objeto. Tão perto que lhe capta quase uma verdade. De perto, captando a sua anormalidade. É assim: de longe é um jardim. De perto, é uma flor cheia de detalhes incríveis. De longe, uma praça, de perto, um besouro de cores inspiradoras passeando na pétala de uma orquídea. De longe, mato verde, daquele que você passa por cima sem nem ver. De perto, flores minúsculas crescendo e se tornando gigantes de beleza escultural pelas lentes que quase as tocam.

Fotografar coisas que geralmente passamos sem perceber é um exercício de sensibilidade. É um salto enorme: o que antes era pisado, ou ignorado, hoje é admirado, passa a ser objeto de encantamento, de busca, para enfim ser armazenado numa imagem que pode durar para sempre.

Lá em Rio de Contas, as pessoas não entendiam o que eu fazia a uma hora daquelas trepando, no bom sentido, por entre as margaridas, ou encostando tanto naqueles pés de mato. Custou um bom pacote de paciência ao meu amor, que teve de se recostar nas pedras, no meio das trilhas, para esperar que eu captasse mais uma imagem daquela florzinha minúscula. Em Conquista, eu fiz o teste: em uma volta no quarteirão, foram mais de 50 fotos. Fui numa Lan House – nesse mesmo quarteirão - descarregá-las e perguntei à dona do local se ela reconhecia onde haviam sido tiradas aquelas fotos. Ela não reconheceu.

Tenho aprendido o quanto andamos distraídos. De perto, realmente, Caetano, ninguém é normal. E ainda acrescento: somos quase ignorantes das nossas anormalidades.

(veja mais fotos no Lambe-lambe, ao lado)