<body><script type="text/javascript"> function setAttributeOnload(object, attribute, val) { if(window.addEventListener) { window.addEventListener('load', function(){ object[attribute] = val; }, false); } else { window.attachEvent('onload', function(){ object[attribute] = val; }); } } </script> <div id="navbar-iframe-container"></div> <script type="text/javascript" src="https://apis.google.com/js/platform.js"></script> <script type="text/javascript"> gapi.load("gapi.iframes:gapi.iframes.style.bubble", function() { if (gapi.iframes && gapi.iframes.getContext) { gapi.iframes.getContext().openChild({ url: 'https://www.blogger.com/navbar.g?targetBlogID\x3d8639429\x26blogName\x3dDi%C3%A1rio+Evolutivo\x26publishMode\x3dPUBLISH_MODE_BLOGSPOT\x26navbarType\x3dTAN\x26layoutType\x3dCLASSIC\x26searchRoot\x3dhttps://evoluirefluir.blogspot.com/search\x26blogLocale\x3dpt_BR\x26v\x3d2\x26homepageUrl\x3dhttp://evoluirefluir.blogspot.com/\x26vt\x3d-7690663095198134269', where: document.getElementById("navbar-iframe-container"), id: "navbar-iframe" }); } }); </script>







sábado, 8 de julho de 2006

[flores para quando tu sonhares]

Estou na cidade onde o tempo se estabiliza. Estou na cidade onde o tempo não passa. Fica. Essa é a cidade do Tempo, onde ele encontrou-se a si mesmo e parou. Parou e convidou os passantes a parar. A única noção que se tem das horas, por estas bandas, é o contorno que o bem-vindo sol faz nos céus – bem-vindo, porque há um frio estremecedor, que se aloja nas casas e nas sombras nesta época do ano. Não há relógios funcionando, pergunte a qualquer passante que a resposta será um tímido ‘não sei do que fala, esse tal de tempo, por aqui, nunca esteve’. O Tempo está. Desde sempre foi aqui o seu alojamento, desde a época em que chegaram aqui os negros, fugindo das horas amargas das senzalas, desde a época que passaram por aqui os portugueses construindo estradas que fariam o tempo parar e ficar. Desde as minhas velhas encarnações eu tenho passado por aqui. Talvez como escravo, opressor, minhoca, abelha que adora orquídeas, não sei. O fato é que tudo é tão familiar. Talvez porque é tudo muito parecido com o início. Desde o início onde, eu sei, não me engano, o Tempo já existia e fazia as coisas se moverem, mas já adormecia tranqüilo nos braços de quem escuta esse silêncio.

(O nome desse paraíso é Rio de Contas, BA. Estou a mais de mil metros suspenso no ar, em braços amados, por entre flores que de tão lindas e vaidosas se mexem tanto quando chego perto para fotografá-las, que não consigo o foco. O vento, nesse silêncio que faz aqui, me põe, também, a balancar, quase perdendo o equilíbrio em queda ao chão. Mas gosto dessa busca do outro pelo meu foco, gosto da dança que toma as mãos do fotógrafo enquanto ele tenta arrancar de mim a nitidez perfeita.)