[a cara delas]
Naquele início de década - a década de que falo aqui é a década passada, do século passado -, aos dezessete ainda não tinha carro, e andávamos de ônibus mesmo, eu e as minhas duas irmãzinhas neozelandesas. Para matar o tédio da viagem, tínhamos uma predileção especial por um esporte que não sei se os adolescentes de hoje ainda praticam: surfe no ônibus. Era só ficar em pé, mãos soltas, e torcer, ao mesmo tempo, para que o motorista fizesse a curva mais fechada do mundo sem nos derrubar e, principalmente, sem virar o ônibus.
(Rebecca e Jemima, Salvador-BA, 1991)