[blisters]
O Carnaval está na porta, e esse ano vai ter uma pitada diferente: estarei recebendo em minha casa duas amigas de longas datas, neozelandesas, com seus respectivos namorados. Rebecca e Jemima moraram em Salvador entre 1991 e 1992, durante 11 meses, e viveram comigo momentos muitos especiais. Foi com elas que me motivei a aprender inglês, que me dá até hoje o pão de cada dia, foi com elas que aprendi sobre esse pequeno país de lá do outro lado do mundo e aprendi a ter a curiosidade para conhecer outros. Foi com elas que eu aprendi mais sobre mim mesmo, porque elas foram as primeiras a me dar parâmetros que me ajudaram a me entender melhor como brasileiro, como baiano, como eu mesmo. É por isso que estamos até construindo um beliche de casal para abrigá-las aqui em casa durante esses quinze dias de visita. Elas voltam depois de 15 anos à terra que com certeza também deu a elas parâmetros para serem o que são hoje, psicólogas, noivas, futuras mamães.
Jemima, na época que morou aqui, tinha acabado de terminar o ensino médio (ou o equivalente disso na Nova Zelândia) e já trabalhava com crianças. Dizia ela que costumava entreter as crianças imitando hot dogs. Até hoje não entendi. Jemima era a Yellow Blister (blister significa calo, e rima com sister, e o yellow era por conta da loirice aguda que ela exibia no cabelo curto e cheio de cachos). Rebecca tinha uma carinha angelical, que creio ter preservado até hoje, mas bebia e fumava feito uma louca. Apesar da bebida e do fumo, era a nossa Holy Blister. Eu era o Bloder delas, que rima com brother, neologismo nosso para eu não ficar sem uma alcunha carinhosa. Ainda tinha Yeda, baiana que mora nos States, que era a nossa Fucking Blister por razões que não posso revelar aqui, mas basta você saber um pouquinho de inglês para adivinhar.
(to be continued...)
Jemima, na época que morou aqui, tinha acabado de terminar o ensino médio (ou o equivalente disso na Nova Zelândia) e já trabalhava com crianças. Dizia ela que costumava entreter as crianças imitando hot dogs. Até hoje não entendi. Jemima era a Yellow Blister (blister significa calo, e rima com sister, e o yellow era por conta da loirice aguda que ela exibia no cabelo curto e cheio de cachos). Rebecca tinha uma carinha angelical, que creio ter preservado até hoje, mas bebia e fumava feito uma louca. Apesar da bebida e do fumo, era a nossa Holy Blister. Eu era o Bloder delas, que rima com brother, neologismo nosso para eu não ficar sem uma alcunha carinhosa. Ainda tinha Yeda, baiana que mora nos States, que era a nossa Fucking Blister por razões que não posso revelar aqui, mas basta você saber um pouquinho de inglês para adivinhar.
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