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quarta-feira, 16 de novembro de 2005

[velhos dias de capão]

Entregar-se. Estar próximo ao divino. Deixar-se levar pelo fluxo.

Sou geminiano não-ar. Geminiano terra firme, medroso das alturas. A representação material da minha necessidade de subir escadas de corrimões firmes, subir cachoeiras sob platôs bem calcados. Estou praticando a entrega. Este cheiro de água em movimento que sinto entrar pelas minhas narinas, o toque no caminho das pedras seguras e das outras em falso, a distância de tudo, a surpresa dessa flor de cor estonteante que me aparece no caminho e pulo a cerca para sentir-lhe o cheiro. O meu olhar acompanhando a água em direção ao precipício, o beijo na boca, cheiro e fumaça. Copo de vinho degustado aos goles corajosos e sedentos. Gata mansa no peito: eu, abrigo da noite fria. O olhar na passarela, mãos dadas, toque de dedos, confie em mim. Febre súbita, dor lá embaixo. Entrego-me ao vento.

Fechei meus olhos sob essa pedra gigante que mataria mil de mins caso resolvesse soltar-se, e sei que a entrega me tornou um outro Leo: distante da Babilônia, mas próximo, muito mais próximo, de Deus.

(Post que nasceu há meses atrás na beira de uma cachoeira no Capão. Dias lindos. Nasceu em um papel de extrato bancário, de mãos que flamejavam inspiração, sorte minha ter uma caneta em punho e o resumo das minhas escassas finanças em um papel já pálido. Sumiu rápido como surgiu: voltei a Salvador, procurei por entre os restos da minha viagem e só ficou a vaga lembrança da palavra ‘entrega’, tão presente nessa viagem mágica. Por algum motivo, encontrei o extrato e o velho post, escrito a mão. Quanto ao extrato, não faz mais sentido, os saldos se alteraram. Quanto ao post, continua tendo um sentido, não mais o mesmo do dia em que foi escrito, quando meu saldo era de milhões, mas outro, porque a entrega continua, só que não mais em águas de diamantes, mas águas que correm, subterrâneas, em outros lençóis.)