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segunda-feira, 14 de novembro de 2005

[pelas narinas]

Os tempos do ano vêm, para mim, em cheiros, e foi num desses dias que, entrando em casa, vi – ou melhor, cheirei -, um ciclo que se fechava, de velhos cheiros que voltarão em exatamente um ano, e de novos cheiros que vêm junto com novembros e dezembros. Os mesmos novembros, os mesmos dezembros, o mesmo cheiro do flamboyant amarelo que mora na frente da minha casa e que nessa época do ano abre-se, perfumado, em cachos de flores amarelo ouro, que pendem e exalam aquele cheiro de Natal, de verão, de surpresa por já ter tudo acabado.
Conforme-se, então, já que o ano acabou, já que os dias praticamente já se foram, o tempo de hibernação das flores amarelas do meu flamboyant já passou também, e agora é verão mesmo e no verão as flores saem para ver o sol. Eu mesmo perco meu tom amarelo pálido e cresço em cores de tons dourados, e em todos os cantos do meu corpo sentem-se os cheiros desse verão que anuncia sua própria chegada, o prenúncio de algo que morava em uma velha árvore - ou mora ainda, porque dessa casa antiga nunca se sai para sempre. E fica no ar, nas minhas narinas, no meu contato com o mundo, esse cheiro, me invadindo inteiro como se o mundo tivesse parado nos alegres dias de janeiro e não fosse mais avançar rumo a fevereiros e junhos e agostos de chuvas e alguns breves desgostos. Paro em janeiro, ainda inteiro. Em janeiro, sou todo, todo cheiros.