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sábado, 5 de novembro de 2005

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É que nos falta a noção exata da quantidade de perfume que retemos nas mãos e doamos ao outro quando damos uma flor, nos falta a noção do resultado dos nossos gestos, da vibração que causamos do outro lado da linha, da força que sugamos ou redobramos, do sonho que cultivamos ou apagamos. Nos falta a noção exata da responsabilidade que temos pelo outro, por vivermos nessa teia intricada, vistos do alto por uma aranha-mestre que nos pôs todos aqui nesse emaranhado de fios tênues, mas poderosamente fortes que nos unem de maneira tal, que não há como dar um passo sequer sem que reverbere no outro um sinal dos nossos movimentos.

Não temos a noção exata da existência dessa teia ou da presença nossa nela. E não sei se advogaria pela nossa total compreensão disso. Entendo-a como necessária, mas não sei se, nesse estágio que nos encontramos, seria bom subir em uma montanha e de lá poder ver a nós mesmos amarrados uns aos outros por esses fios elásticos e tênues que parecem não existir, vendo que um simples espirro já faz vibrar uma outra ponta ou um simples suspiro rompe partes da cadeia. Não temos essa noção, a não ser quando tropeçamos em algumas dessas linhas e sentimos a dor de uma queda, ou, quando puxamos o fio e damos ao outro a noção exata de que não se está só nunca. Pisaríamos em ovos, se soubéssemos, perderíamos a o gesto-livre. Sabendo-se presos a fios, seríamos marionetes de nós mesmos.

É preciso andar com cuidado, cautela ainda em não puxar os fios de maneira tão suave ou abrupta, ficar atento às vibrações que voltam pelo fio que nos une na teia, pedir à aranha-mestre que nos dê, se não laudos exatos, pelo menos dicas destas intricadas relações que estabelecemos nesse emaranhado de linhas invisíveis em que estamos presos para, por fim, irmos puxando a linha única que na realidade isso tudo é, a linha-mestra do nosso destino, o fio que dizem ser de Ariadne, mas é nosso, e ter o prazer final de ver que lá na ponta estamos nós mesmos, já aranhas, já na montanha, já olhando um emaranhado do qual não nos livraremos nunca, mas no qual já podemos, pelo menos, pairar, mais livres.