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quarta-feira, 23 de novembro de 2005

[os fantasmas na minha cama ou use a imaginação para me ler]

E ontem à noite eu sabia da tua presença pelo ranger da cadeira de balanço, pelos toques teus na velha máquina de datilografia, onde tentavas em vão salvar teus documentos tão atuais. Eu via você pela parede que separaria nós dois até as 2:27, a hora exata em que sentiria pés afundando na cama para realizar o meu pedido de menos frio e mais calor, eram teus pés que chegavam enquanto eu dormia, era teu cheiro que me invadia na hora exata em que eu pedia, era a tua mão quente que se recolheria por baixo do meu peito, como um travesseiro de peles mornas e bem-vindas. Mas eu sabia que seria assim: sabia de tudo, como quem viu o filme, e nele, naquela mesma hora eu abriria meus olhos como se tivesse estado na vigília enquanto tudo acontecia desse lado de cá, naquela mesma hora eu veria e viria até teus olhos flamejando de sono, eu te sentiria dizendo que era tarde, sim, mas valeu a pena, mandei tudo pra lixeira e me arrependi depois, me salva inteiro em disquete amanhã, era o que eu queria e o que ouvia. Amanhã é dia de branco, dia de mais um santo, dia de sentar ali, refresco e pizza, pé na mão, colo quente. Amanhã é que é dia.


(Ainda vejo em mim aquele velho espectro do passado, digo espectro porque é como se pairasse sobre mim um velho fantasma que nunca reconheci como sendo uma negação do que quero para mim, por nunca ter feito as perguntas certas que o afastariam com o tempo. Agora, com estas perguntas, reconheço-me em dissociação com ele. Eu aqui e ele ali, ainda às vezes interagindo, mas dessa vez eu vejo a interação e peço o jogo de nenhum par. Não quero mal ao fantasma, vejo-o com amor e nenhum ódio, apenas peço que se retire, que me deixe tirar a camisa e mostrar o peito, que me deixe sorrir largo com as crianças, que me deixe conhecer meus antigos vizinhos, que ainda há tempo para tudo isso. Vai lá, construção das minhas tenras idades, descobri que você não é real porque ontem vi que a sua idade é a mesma de sempre, descobri que não cresceu sequer um centímetro e que a sua força é ainda presente porque era na escuridão que se (me) escondia.)